Soja segue sendo pressionada na Bolsa de Chicago pela previsão de chuvas na Argentina
A tentativa de leves altas na soja negociada na Bolsa de Chicago perdeu força no início da tarde desta quarta-feira (20) e as cotações voltaram a operar do lado negativo da tabela. O mercado se reajustou no início do dia, com algum avanço depois de bater nas mínimas em dois meses, em um movimento técnico.
O principal direcionador das cotações, neste momento, porém, continua sendo o clima na América do Sul. Ao mesmo tempo, os ajustes de posições por parte dos fundos de investimentos antes das festas de final de ano e do início de 2018 também tiram um pouco da direção das cotações, e mantém os preços caminhando de lado.
Assim, por volta de 13h10 (horário de Brasília), os futuros da commodity recuavam de 1,25 a 1,50 ponto, levando o janeiro/18 aos US$ 9,54 e o maio/18 aos US$ 9,76 por bushel.
"Apesar dos anúncios de boas vendas de soja dos EUA nos últimos dias (só nesta semana foram mais de 500 mil de toneladas para a China), o clima sul-americano continua a exercer significativa influência sobre os preços", diz o analista sênior do portal internacional Farm Futures, Bryce Knorr. "Há uma pressão sazonal de dezembto sobre a soja sem uma 'ajudinha' do clima na América do Sul', completa.
De acordo com previsões da World Weather Inc., "chuvas e tempestades ocasionais são esperadas para a próxima semana em boa parte da Argentina, melhorando a condição de umidade do solo no país. Nas áreas produtoras do norte, as chuvas deverão ser registradas na sexta-feira (22), seguidas de mais alguns eventos no sábado".
Para profissionais internacionais, com essas chuvas se regularizando, o sentimento do mercado é de que não só a Argentina, mas também o Brasil tenha um ano de boas colheitas.
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