Arrecadação sobe quase 10% e tem melhor novembro desde 2014 com Refis e Previdência

Publicado em 19/12/2017 14:12

LOGO REUTERS

BRASÍLIA (Reuters) - A arrecadação do governo federal teve alta real de 9,49 por cento em novembro sobre um ano antes, a 115,089 bilhões de reais, na melhor marca para o mês desde 2014 (126,943 bilhões de reais), ajudada por recursos extraordinários com o programa de renegociação de dívidas tributárias, o Refis.

Só com o programa, foram levantados 5,58 bilhões de reais em novembro, incluindo os parcelamentos no âmbito da dívida ativa, divulgou a Receita Federal nesta terça-feira. O prazo para adesão ao Refis se encerrou em meados do último mês.

No total, o programa arrecadou 21,755 bilhões de reais para as contas públicas.

Outro destaque em novembro foi a alta real de 14,08 por cento no recolhimento de Cofins/Pis-Pasep, voltadas para o financiamento da seguridade social, ou 3,186 bilhões a mais que em novembro de 2016. A receita previdenciária avançou 4,54 por cento (+1,440 bilhão de reais).

Impostos relacionados à atividade industrial também mostraram crescimento, como um avanço de 13,39 por cento na cobrança de Imposto de Importação/IPI-Vinculado (+531 milhões de reais) e de 15,04 por cento de IPI (+423 milhões de reais).

No acumulado dos onze meses do ano, a arrecadação cresceu 0,13 por cento, já descontada a inflação, a 1,205 trilhão de reais.

O governo vem sustentando que os sinais da recuperação econômica já são traduzidos numa dinâmica mais positiva para a arrecadação. Mesmo assim, o desafio fiscal persiste diante do peso dos gastos obrigatórios no Orçamento.

Para este ano e o próximo, as metas de déficit primário foram fixadas a 159 bilhões de reais para o governo central. O cumprimento desses alvos depende da colaboração do Congresso Nacional na aprovação de medidas impopulares para elevar receitas e diminuir despesas, o que deverá ficar cada vez mais difícil com a proximidade das eleições de 2018.

Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não descartou o aumento de impostos no ano que vem para compensar a não aprovação de medidas fiscais enviadas pelo governo, além de eventual contingenciamento de gastos já no começo de 2018.

(Por Marcela Ayres)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário