Café: Cotações do arábica fecham sessão desta 2ª com queda de 100 pts na Bolsa de Nova York
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta sexta-feira (4) com queda de cerca de 100 pontos. Após oscilar dos dois lados da tabela durante o dia, o mercado acabou consolidando a baixa em ajustes técnicos ante as recentes valorizações e clima no cinturão do Brasil, maior produtor e exportador do grão.
Os lotes com vencimento para dezembro/17 fecharam a sessão de hoje cotados a 126,75 cents/lb com queda de 80 pontos, o março/18 registrou 128,50 cents/lb com recuo de 105 pontos. Já o contrato maio/18 encerrou o dia com 130,70 cents/lb e desvalorização de 100 pontos e o julho/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 132,95 cents/lb e 100 pontos de baixa.
Após registrar alta na tarde desta segunda-feira e estender os ganhos acumulados de mais de 1% da semana passada, o mercado do arábica passou para o território negativo no fim dos trabalhos. Segundo o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado, o mercado não teve forças para manter a valorização. Assim, ajustes técnicos foram registrados.
Do lado fundamental, também pesa sobre as cotações do grão o clima favorável nas lavouras de café do Brasil. A previsão do tempo aponta a continuidade das precipitações nas áreas produtoras. Acumulados de até 100 milímetros podem ocorrer nos próximos sete dias no Cerrado, Alta Mogiana e partes do Espírito Santo e Zona da Mata. As lavouras brasileiras enfrentaram condições climáticas adversas nos últimos meses.
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Em relatório semanal, Rodrigo Costa, analista de mercado destacou o cenário das negociações. " Com pouco menos de 20 dias para o encerramento do ano, quando o período de festas se inicia, a “esperança” do barateamento dos diferenciais parece ter se esvaído. Caso o terminal não consiga subir nas próximas duas semanas, os torradores, exportadores, importadores e comerciantes em geral não terão muito o que fazer, a não ser indigestamente pagar os preços que não deixam felizes nem mesmo os produtores de café", disse.
Os embarques brasileiros nos últimos meses já estão baixos, segundo apontam entidades do setor. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações do grão verde tiveram queda de 10% em novembro ante o mesmo período do ano anterior, com 2,7 milhões de sacas de 60 kg. Para 2018, segundo a Reuters, a previsão também é de exportações também tímidas. Esses dados são uma prévia da divulgação do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) nos próximos dias.
Mercado interno
Os negócios com café ganharam mais ritmo nos últimos dias de novembro. No entanto, as transações voltaram a ser mais pontuais. " O fluxo de negócios no mercado físico brasileiro estava melhorando, ajudado também pelo Real que saiu de R$ 3.20 para R$ 3.26, mas não durou o suficiente aqueles que precisam cobrir suas posições vendidas", afirma Rodrigo Costa.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) (estável), Guaxupé (MG) (-0,99%), Lajinha (MG) (+4,17%) e Patrocínio (MG) (estável), ambas com saca cotada a R$ 500,00. A maior variação no dia ocorreu em Lajinha (MG).
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 470,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com desvalorização de 1,06% e saca cotada a R$ 465,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 465,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças foi em Lajinha (MG) com alta de 2,22% e saca a R$ 460,00.
Na sexta-feira (1º), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 458,94 e alta de 0,59%.
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