Soja segue trajetória de alta e ganha novo fôlego com rendimentos menores na reta final da safra americana

Publicado em 02/11/2017 08:04
No Brasil, apesar das chuvas, plantio segue atrasado em importantes regiões produtoras do cerrado

O mercado da soja em Chicago trabalha em alta nesta quinta-feira (02) com os principais vencimentos registrando ganhos entre 4 e 5 pontos por volta das 9 h.   O março/18 que havia recuperado o patamar de US$ 10,00 por bushel na sessão anterior ganha agora mais 4,75 pontos e  trabalha a US$ 10,06 por bushel.  Já o maio/18  tem variação positiva de 4,75 cotado a US$ 10,15 por bushel.

As cotações da da soja em Chicago estão nos melhores níveis em uma semana, impulsionadas pelas preocupações com os rendimentos das lavouras nos EUA. Com 83% da área já colhida no país, a perspectiva dos participantes do mercado é que haja uma queda na produtividade na área que ainda será colhida.

"Os rendimentos não estão tão altos quanto os estimados pelo governo", disse Mark Gold, sócio-gerente da Top Third Ag Marketing em entrevista à Reuters. Em seu último boletim de oferta e demanda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) projetou a produtividade das plantações americanas em 56,12 sacas por hectare. As informações serão atualizadas na próxima quinta-feira (9) .

Além disso, o analista de mercado da Novo Rumo Corretora, Mário Mariano, reforça que o mercado buscou uma recuperação técnica depois das perdas recentes. "Esse cenário associado a outras informações traz uma tendência de alta no curto prazo", completa o analista.

Paralelamente, a evolução do plantio no Brasil permanece no radar dos participantes do mercado. E, apesar do retorno das chuvas, os trabalhos nos campos continuam atrasados no país. Em Mato Grosso, maior estado produtor do grão no país, a semeadura está completa em 44,06% da área prevista nesta temporada.

No estado de Goiás, a semeadura da soja não ultrapassa 10%, segundo levantamento da Aprosoja/GO. O percentual está bem abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 25%, quando as chuvas chegaram mais cedo e foram mais regulares.

Demanda

Em contrapartida, a demanda pelo grão norte-americano continua sólida e dá sustentação aos preços em Chicago. "A demanda chinesa persiste nos EUA e permanece dando suporte ao mercado. As compras do país em setembro ficaram acima do registrado no mesmo período de 2016 e na temporada pode superar 100 milhões de toneladas", ressalta Mariano.

 

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Fonte:
Notícias Agricolas

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