Ibope: Lula e Bolsonaro no segundo turno (atenção com os indecisos)

Publicado em 30/10/2017 09:21
Sem Lula o número de indecisos sobe para 34% e o jogo de forças embola. (em O Antagonista)

Lula e Jair Bolsonaro iriam para o segundo turno se as eleições presidenciais fossem hoje.

É o que mostra o Ibope em sua primeira pesquisa sobre o pleito de 2018, segundo Lauro Jardim.

Lula vai de 35% a 36% das intenções de voto, a depender do cenário.

Bolsonaro tem 15% quando enfrenta Lula e chega a 18%, empatado com Marina Silva, quando Fernando Haddad é o candidato do PT.

Marina, em terceiro lugar, varia de 8% e 11% em cenários com Lula.

Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e João Doria se embolam entre 5% e 7%.

Ciro sobe até os 11% em cenário com Haddad, que atinge apenas 2%.

Na pesquisa espontânea, quando o Ibope não apresenta cartela com nomes, o resultado é:

Lula: 26% (no Nordeste tem 42%);

Bolsonaro: 9%.

Marina: 2%

Ciro, Alckmin, Dilma, Temer, Doria: 1%.

A pesquisa do Ibope repete os números do Datafolha.

Aparentemente, Lula e Jair Bolsonaro pararam de subir.

Lula não pode roubar o eleitorado mais alfabetizado de Jair Bolsonaro, mas Jair Bolsonaro pode roubar o eleitorado mais pobre de Lula.

Quanto o ex-presidente está no cenário, o percentual de indecisos é de 23%. Sem ele, sobe para 34% e o jogo de forças embola. A pouco menos de um ano do pleito, 2018 ainda é uma incógnita.

Lula x Bolsonaro: o eleitorado de cada um

Os nomes de Lula e Bolsonaro traçam curvas diametralmente opostas um ao outro quando a pesquisa do Ibope cruza os dados de renda e de escolaridade, segundo O Globo.

“Em um dos cenários, Bolsonaro tem 27% entre os eleitores com mais de cinco salários mínimos, enquanto Lula tem 19%.

Já entre os os que ganham até um salário mínimo, o deputado cai para 5%, enquanto o ex-presidente sobe a 50%.

Em outro cenário, quando o recorte leva em conta a escolaridade do entrevistado, o petista tem 35% entre os eleitores até a 4a série do fundamental, enquanto Bolsonaro tem 2%.

Entre os entrevistados que não acessam a internet, 44% dizem que votariam no petista; apenas 5% no parlamentar.”

Jair Bolsonaro quer gastar na campanha presidencial R$ 2 milhões, segundo a Coluna do Estadão.

“Pela nova lei eleitoral, o limite para os candidatos ao Planalto é de R$ 70 milhões no primeiro turno. Para reduzir os custos, Bolsonaro diz que vai viajar só de avião de carreira. Para onde não tiver aeroporto, vai de ônibus.”

O segundo turno de Bolsonaro

“Analistas do mercado financeiro já dizem que, se o segundo turno da eleição presidencial for entre Lula e Jair Bolsonaro, preferem este último”, diz Andreza Matais.

O motivo é simples: Lula vai levar o Brasil à bancarrota.

De fato, “a eleição de Lula causaria um susto na economia e uma das reações seria a disparada do dólar.

As projeções são de que a cotação da moeda norte-americana poderia ficar entre R$ 5 e R$ 6.”

O choque cambial, porém, já deve ser sentido durante a campanha.

A perspectiva de ter um condenado nas urnas, com o risco concreto de um impasse institucional, vai derrubar a moeda e, pior ainda, o resto da economia.

O melhor é Moro

Em setembro, a pesquisa Ipsos mostrou uma preocupante queda na popularidade de Sergio Moro.

Em outubro, tudo voltou ao normal.

Ele continua sendo a figura mais amada do Brasil, aprovado por 52% dos eleitores e reprovado por 41% de cúmplices da ORCRIM.

O Partido da Lava Jato, o preferido deste site, vai ganhar em 2018, segundo Paulo Guedes.

Leia um trecho de sua coluna em O Globo:

O choque cambial, porém, já deve ser sentido durante a campanha.
 
A perspectiva de ter um condenado nas urnas, com o risco concreto de um impasse institucional, vai derrubar a moeda e, pior ainda, o resto da economia.

“Não se desespere o leitor, pois os abusos de hoje são a garantia das mudanças. As eleições de 2018 estão logo aí.

Quando o Supremo Tribunal Federal se rebaixa colocando o Poder Legislativo acima da lei, as togas pretas não mais simbolizam respeitabilidade, mas sim cumplicidade.

Ora, sobe imediatamente pelo menos 10% nas intenções de voto o candidato presidencial que convide um herói da Lava Jato para o Ministério da Justiça.

Da mesma forma, quando o Legislativo retarda as inadiáveis reformas política e da Previdência, em busca de sua própria impunidade, explode a indignação da opinião pública e disparam as probabilidades de uma renovação parlamentar devastadora para o establishment nas eleições de 2018.”

Toninho da Mercearia e Marquinhos do Açougue na Caravana de Lula

A caravana de Lula em Minas Gerais foi acolhida por prefeitos ligados a Michel Temer e a Aécio Neves.

Diz a Folha de S. Paulo:

“No sábado, por exemplo, os peemedebistas Toninho da Mercearia (da cidade de Gouveia), Lauro de Oliveira (de Presidente Kubitschek), além do anfitrião Marquinhos do Açougue (de Couto de Magalhães) estiveram em um palco que tinha ainda o tucano Ricardo Rocha (prefeito de Felicio de Santos) entre os presentes.”

Um dos prefeitos discursou:

“Minas Gerais é a síntese do Brasil. Minas Gerais está com o senhor. O senhor foi a esperança, agora o senhor é a certeza. Minas é Lula.”

A ORCRIM é a síntese do Brasil.

O projeto do homem de Lula contra a Lava Jato

O Globo lembra que Wadih Damous (PT-RJ) foi quem apresentou o projeto que proíbe a delação de réus presos e a divulgação de depoimentos colhidos no âmbito de uma colaboração premiada.

“Somente será considerada para fins de homologação judicial a colaboração premiada se o acusado ou indiciado estiver respondendo em liberdade ao processo ou investigação instaurados em seu desfavor.”

Isto significa que acordo de delação com réu preso não teria qualquer validade jurídica.

O Antagonista lembra que Damous, não tendo sido eleito, era o primeiro suplente do PT na Câmara dos Deputados. Só ganhou a vaga de Fabiano Horta porque, a pedido de Lula, na época da CPI da Petrobras, o então prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes deu ao deputado titular a vaga de Vinícius Assumpção na secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico Solidário.

Damous foi posto por Lula na Câmara para atacar a Lava Jato – e continua cumprindo seu papel.

O terreno congelado de Lula

Por meio de emissários, Lula pressiona a Prefeitura de São Bernardo do Campo a liberar a construção de uma casa na zona rural da cidade, informa a Folha.

“O imóvel seria erguido dentro de uma chácara de 20,5 mil m², que o petista e sua mulher, Marisa Letícia (morta em fevereiro), adquiriram, em setembro de 2016, por R$ 545 mil (corrigidos pela inflação).”

Após a condenação de Lula no caso do triplex em julho de 2017, 36% do terreno foi congelado pelo juiz Sérgio Moro.

É melhor Lula aproveitar nos outros 64% seu tempo (literalmente) livre.

Hoje, 54% da população, na prática, pressiona o TRF-4 a liberar para ele o terreno de uma das celas de 9 m² da Papuda.

Lula afirmou na sexta-feira, dia de seu aniversário, que “não é aos 72 anos que vou roubar um centavo para envergonhar milhões e milhões de pessoas que a vida inteira confiaram em mim”.

Claro que não é.

Anos antes, de acordo com a sentença de Sérgio Moro que o condenou a nove anos e seis meses de prisão, Lula recebeu R$ 2,25 milhões só em propinas relacionadas ao triplex no Guarujá.

Ele nunca foi mesmo de “roubar um centavo”.

A queda de Doria nas redes sociais

As interações no Facebook, no Twitter e no Instagram de João Doria tiveram forte queda a partir de abril, informa o Estadão com base em dados obtidos pela ferramenta Crowdtangle.

Exemplo:

“Em janeiro deste ano, mês em que tomou posse, Doria chegou a registrar quase 8 milhões de interações no Facebook, a principal rede social no Brasil e no mundo. Em setembro, o número caiu para menos de 1,7 milhão.”

No Twitter, caiu de 245 mil interações em março (o ápice) para 88 mil em setembro.

Apesar disso, a agência Social QI, que trabalha para Doria, negou ao jornal que haja “derretimento” na imagem do prefeito, alegando que há um “refluxo natural” de engajamento após um entusiasmo inicial pela novidade.

O PSDB morreu, Temer o mais detestado

Uma pesquisa encomendada pela sigla mostra que 75% dos brasileiros não acreditam que o próximo presidente será um tucano, informa o Painel da Folha.

“No Nordeste, o quadro é ainda pior: 84%. Num recorte só com simpatizantes do partido, o estudo apontou três pilares para a descrença na legenda: a aliança com Michel Temer, a permanência de Aécio Neves (MG) no PSDB e as intermináveis brigas internas.”

Não foi por falta de aviso.

Os números de Michel Temer na pesquisa Ipsos, assim como os de Lula, também permaneceram iguais.

Ele ainda é a figura mais detestada do Brasil.

 
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Fonte:
O Antagonista

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