Café: Bolsa de Nova York sobe mais de 200 pts nesta 6ª acompanhando oferta global e safra do Brasil
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de mais de 200 pontos nesta tarde de sexta-feira (27). Após ajustes para baixo pela manhã, o mercado volta a subir e estende os ganhos da véspera diante das informações sobre a oferta global e informações sobre a safra 2018/19 do Brasil. Os preços externos do grão também demonstram força técnica.
Por volta das 13h20 (horário de Brasília), o contrato dezembro/17 estava cotado a 126,90 cents/lb e alta de 235 pontos, o março/18 subia 230 pontos, a 130,45 cents/lb. O contrato maio/18 operava com avanço de 225 pontos e estava sendo negociado a 132,80 cents/lb e o julho/18 tinha valorização de 235 pontos, cotado a 135,30 cents/lb. Essa é a terceira sessão seguida de alta.
Informações reportadas pela Reuters brasileira dão conta que a oferta está limitada nos Estados Unidos e Europa, com importadores dizendo que algumas empresas de transporte estão reduzindo a disponibilidade de contêineres brasileiros. "Os grãos de cafés finos do Brasil em geral praticamente acabaram, aqui e especialmente na Europa", disse Rodrigo Costa, diretor de comércio da Comexim USA.
Além disso, a indústria brasileira de café já vê com preocupação essas primeiras informações sobre a temporada 2018/19. "Há uma expectativa que a próxima safra não seja a safra recorde, como se imaginava, porque já se percebe prejuízos na floração em virtude da falta de chuvas e excesso de calor. O mercado está olhando isso", afirma Natan Hershkovitz, presidente da ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café).
O clima também segue no radar dos operadores. Previsões do tempo mostram que chuvas devem ser registradas em áreas produtoras de café do país com o avanço de uma frente fria. Volumes de até 100 milímetros são esperados para áreas produtoras nos próximos dias.
No Brasil, por volta das 09h30, o tipo 6 duro era negociado a R$ 440,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 450,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam sendo cotados a R$ 452,00 a saca. Os negócios no mercado interno brasileiro seguem lentos diante dos preços baixos nas praças de comercialização do país.
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