Café: Após mínimas de três meses e meio, Bolsa de Nova York se recupera nesta 3ª feira

Publicado em 17/10/2017 16:58

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As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) testaram ajustes nesta terça-feira (17) após queda de mais de 200 pontos na véspera e se recuperaram de mínimas de três meses e meio. Além disso, os operadores no terminal externo seguem bastante atentos ao clima no cinturão produtivo brasileiro, já que não são previstas chuvas nos próximos dias.

Os lotes com vencimento para dezembro/17 fecharam a sessão de hoje cotado a 124,20 cents/lb com alta de 45 pontos, o março/18 registrou 128,10 cents/lb com avanço de 50 pontos. Já o contrato maio/18 encerrou o dia com 130,50 cents/lb e valorização de 45 pontos e o julho/18, mais distante, também subiu 45 pontos, fechando a 132,90 cents/lb.

Mercado do café NY - 17/10/2017
Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 3ª feira – Fonte: Investing

A florada do café da safra 2018/19 está acontecendo em praticamente todas as regiões produtoras, na visão dos operadores externos elas são muito boas e isso pressionou os preços ontem. No entanto, as previsões climáticas mais recentes apontam que as chuvas devem voltar o país apenas na próxima semana e isso passou a deixar o mercado atento.

Além disso, ajustes também são vistos já que os vencimentos mais próximos estão abaixo de US$ 1,30/lb. Na véspera, eles chegaram a mínimas de 28 de junho, em US$ 1,23/lb. "A maioria das áreas de café vai precisar de algumas chuvas consistentes agora para manter o potencial de uma grande safra vivo", disse em relatório o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

Para o analista de mercado e diretor da Comexim nos Estados Unidos, Rodrigo Costa, operadores no terminal externo já tem assimilado uma safra menor de café em 2018. Apesar de terem floradas, algumas lavouras brasileiras tiveram bastante desfolha porque ficaram meses sem chuvas. Conforme relatos de agrônomos, essa condição fatalmente impactará na produção.

"Parece que o sentimento tem se ajustado para uma percepção de que no máximo a safra do arábica do ano que vem repete a do ano passado. Aqui valem duas observações. A primeira é de que o volume total da produção de 18/19 pode de fato não ficar acima de 60 milhões de sacas, salvo uma surpresa positiva do conilon depois das belíssimas floradas. A segunda é de que a safra do ano passado, dados os estoques de passagem maior do que imaginados, pode ter sido maior e, portanto, sofrer uma revisão para cima", disse em relatório.

Mercado interno

Os negócios com café seguem acontecendo de forma lenta nas praças de comercialização do Brasil, ainda mais diante das quedas recentes no terminal externo. Segundo relatos de analistas e envolvidos do mercado, o produtor brasileiro só vende nos atuais patamares para pagar contas.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca a R$ 500,00 – estável. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Guaxupé (MG) com alta de 1,05% e saca a R$ 480,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 460,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com queda de 2,15% e saca a R$ 455,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) (estável), Franca (SP) (estável), Patrocínio (MG) (estável) e Varginha (MG) (-2,17%), ambas com saca a R$ 450,00. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG).

Na segunda-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 439,72 e queda de 1,08%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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