Levantamento da Conab aponta as mudanças do cultivo de feijão-comum em diferentes estados
Em São Paulo, para o feijão-comum cores, o primeiro levantamento da Conab demonstra um crescimento médio de 4,3% na área a ser semeada, a estimativa média é 84,6 mil hectares. No Paraná, de uma área estimada de 80 mil hectares, 20% já está plantada. Devido à falta de chuvas, o plantio está atrasado, haja vista que nessa mesma época da safra anterior 41% da área estava plantada. Espera-se ainda uma redução de aproximadamente 3% com relação à safra anterior, atribuída aos atuais preços do produto.
As lavouras já semeadas estão em germinação e desenvolvimento vegetativo, demandando chuvas para se desenvolverem em condições satisfatórias. No Rio Grande do Sul ainda não foi iniciada a semeadura na região dos Campos de Cima da Serra e Serra, principal região produtora, que tende a se concentrar após a semeadura da soja. A expectativa é de manutenção da área em relação à safra passada.
Em Santa Catarina, o cultivo do feijão-comum cores encontra-se ainda no início, sendo poucas as lavouras já implantadas, em torno de 1%, já que grande parte das lavouras se localizam em regiões com clima mais ameno (Planalto Sul e Meio-Oeste), onde o plantio se dá mais tarde. Aliado a isso, a falta de chuva em todas as regiões produtoras tem dificultado a implantação das lavouras.
Apenas na região do Extremo-Oeste, próximo da Argentina e ao Rio Grande do Sul, onde o clima tem sido mais favorável, com chuvas mais regulares, o cultivo já teve início há mais tempo. A área, ainda indefinida, deve permanecer próxima da safra passada, ou seja, em torno de 31,4 mil hectares. Há uma tendência de migração do plantio do feijão-comum cores para o feijão-comum preto em virtude de expectativas futuras de mercado, além da sensibilidade pós-colheita do feijão-comum cores, o qual sofre mais variações do que o preto, pressionando as cotações para baixo.
No Distrito Federal, para a primeira safra de feijão, também conhecida como safra das águas, é estimado a manutenção da área a ser semeada, quando comparada com a safra anterior. O feijão passa por um período de vazio sanitário, que vai de 20 de setembro a 20 de outubro de 2017. Essas medidas quebram o ciclo de desenvolvimento de doenças na lavoura como: o vírus causador do mosaico dourado. Esse procedimento reduz a população da mosca-branca, isento vetor desse vírus, e beneficia os produtores com o aumento da produtividade, a redução do uso de fungicidas, inseticidas e de custos.
Em Goiás, o plantio do feijão de primeira safra ainda está indefinido devido às condições climáticas, aos altos custos de produção e aos preços insatisfatórios recebidos pelo grão. Por tanto, para o primeiro levantamento ainda não houve confirmação de estimativa de área. Mantendo-se o valor da safra passada.
Em Mato Grosso, o feijão primeira safra será semeado somente em novembro, o cultivo será dividido entre os tipos feijão-comum cores e o feijão-caupi. A produção atende principalmente a agricultura familiar. Contudo, a cultura pode perder área para o cultivo da soja, tendência verificada há alguns anos no estado, através do arrendamento das pequenas propriedades. Na Bahia, estima-se que a área média deverá ser aproximadamente de 43,1 mil hectares representando uma variação negativa de 24,4% em relação à safra passada. Essa redução se deve ao ajuste de área cultivada, informando o cultivo separando em primeira e segunda safras.
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