Na CBOT, milho encerra sessão desta 2ª feira em campo negativo focado no andamento da colheita nos EUA
A sessão desta segunda-feira (18) foi negativa aos contratos futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal ampliaram as perdas ao longo do dia e finalizaram o pregão com desvalorizações entre 3,00 e 3,25 pontos. O dezembro/17 era cotado a US$ 3,51 por bushel, enquanto o março/18 era negociado a US$ 3,64 por bushel.
Conforme informações da Granoeste Corretora de Cereais, os preços do cereal foram pressionados negativamente pela intensificação da colheita nos EUA. No final da tarde desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que cerca de 7% da área cultivada nesta safra já foi colhida. Na semana anterior, o número estava em 5% e a média dos últimos anos é de 11%.
"De qualquer maneira, o mercado luta para encontrar um rumo mais consistente. De um lado, a produção dos EUA será entre 25 milhões e 30 milhões de toneladas menor do que a do ano passado. De outro lado, estão os bons estoques norte-americanos e mundiais de passagem", reforçou a corretora.
Paralelamente, os embarques semanais do cereal ficaram em 676,819 mil toneladas na semana encerrada no dia 14 de setembro. O volume ficou ligeiramente acima do registrado na semana anterior, de 676,243 mil toneladas de milho.
As estimativas dos investidores estavam entre 790 mil a 1,09 milhão de toneladas do cereal. O acumulado na temporada está em 1.353,062 milhão de toneladas, volume bem menor do que da temporada anterior, quando o total passava de 2,9 milhões de toneladas.
Por outro lado, o atraso no regime de chuvas no Brasil também deverá entrar no radar dos participantes do mercado, ainda segundo a Granoeste. "A posição firme dos produtores brasileiros em reter vendas pode limitar a oferta internacional, aumentando a procura (de importadores) pelo produto norte-americano", informou.
"No final, qualquer plantio retardado significa que menos milho será plantado, pois os produtores irão se preocupar com o fato de não conseguirem fazer o milho antes do início do tempo seco", destaca Jack Scoville, da Price Futures Group.
Mercado brasileiro
O início da semana foi de ligeiras valorizações aos preços do milho praticados no mercado doméstico. De acordo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, em Sorriso (MT), o preço subiu 7,69%, com a saca a R$ 14,00. Na região de Castro (PR), o ganho foi de 5,77%, com a saca a R$ 27,50. Já em Rio do Sul (SC), a valorização foi de 4,26% e a saca a R$ 24,50.
Ainda no Paraná, nas praças de Londrina e Cascavel, o ganho foi de 1,56% e a saca a R$ 19,50. Em Rio Verde (GO), a saca fechou o dia a R$ 20,50 e com alta de 2,50%. No Porto de Paranaguá o dia foi de estabilidade com a saca a R$ 28,00.
As cotações permanecem sustentadas diante da postura de retração nas vendas por parte dos produtores rurais, conforme destacam os analistas. "Em São Paulo, segundo relatos de colaboradores, compradores seguem com dificuldade de encontrar cereal disponível para comercialização, o que tem mantido os preços em alta", informou o Cepea nesta segunda-feira.
Além disso, as exportações brasileiras de milho seguem aquecidas. Levantamento da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) indica as exportações em 2,941 milhões de toneladas, até a 3ª semana de setembro. No mesmo período do ano passado, o volume ficou em 2,913 milhões de toneladas de milho.
Esse ano, a perspectiva é que sejam embarcadas 32 milhões de toneladas de milho, segundo projeções da Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais).
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,1356 na venda, com ganho de 0,67%. Dados da Reuters destacam que a moeda acompanhou a movimentação do exterior. "À espera do desfecho do encontro de política monetária do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, num dia de agenda esvaziada", completou a agência de notícias.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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