Café: Bolsa de Nova York recua nesta 2ª ante altas recentes, mas vencimentos seguem em US$ 1,40/lb

Publicado em 18/09/2017 17:52

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Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta segunda-feira (17) com queda de cerca de 100 pontos. O mercado realizou lucros ante as recentes altas motivadas pelas preocupações de que o clima adverso afete a produção do Brasil na safra 2018/19. Ainda assim, os principais vencimentos estão próximos do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.

O contrato setembro/17 fechou a sessão de hoje cotado a 138,95 cents/lb com queda de 105 pontos, o dezembro/17 registrou 140,35 cents/lb com recuo de 105 pontos. Já o vencimento março/17 encerrou o dia com 143,85 cents/lb e desvalorização de 100 pontos e o maio/18, mais distante, baixa de 95 pontos, fechando a 146,15 cents/lb. O mercado testou máximas de cinco semanas nos últimos dias.

Na sessão da última sexta-feira, o mercado externo do arábica subiu mais de 400 pontos diante dos temores com o clima no Brasil, maior produtor e exportador da commodity. Muitas lavouras tem apresentado desfolha acentuada. "Parece que a safra perfeita já está fora da mesa", acrescentou em relatório a analista Judith Ganes-Chase, da J Ganes Consulting, registrando que há um "déficit de umidade notável" no país.

A condição climática deve seguir a mesma no Brasil. Mapas climáticos apontam que o clima deve seguir seco e com altas temperaturas na maior parte do cinturão produtivo do país pelo menos pelos próximos 10 dias.

No acumulado da semana, o mercado do arábica registrou acumulado mais de 8% no vencimento referência, que saiu de 130,65 cents/lb na última sexta para 141,40 na sessão da última sexta-feira. Diante disso, ajustes naturais ocorreram no terminal externo nesta segunda. Ainda assim, os principais vencimentos seguem trabalhando acima do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.

O CNC (Conselho Nacional do Café) também ressaltou em relatório na semana passada as condições climáticas no Brasil. "As previsões meteorológicas são preocupantes, indicando a continuidade de tempo seco, ensolarado e quente na maioria do cinturão cafeeiro".

Mercado interno

Os negócios com café seguem lentos nas praças de comercialização do Brasil mesmo diante das altas recentes no mercado externo que até motivaram valorizações nos preços físicos. Na visão de analistas internacionais, alguns produtores ainda tem segurado o grão da safra 2017/18 no aguardo de melhores patamares de preço. A comercialização está em cerca de 50% no país.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Franca (SP) (-2,83%) e Guaxupé (MG) (-1,90%), ambas com saca a R$ 515,00. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Patrocínio (MG) com queda de 4,00% e saca a R$ 480,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 500,00 – estável. As praças não tiveram oscilação no dia.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 500,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu na Média Rio Grande do Sul com avanço de 3,37% e saca a R$ 460,00.

Na sexta-feira (15), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 468,86 e alta de 1,42%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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