Ibovespa encosta nos 75 mil pontos e precifica a vitória de reformista em 2018

Publicado em 14/09/2017 14:58
por RODRIGO CONSTANTINO (Gazeta do Povo) + Mises.org.br

A inflação despencou, a atividade econômica parou de desabar e se estabilizou, a taxa de juros continua caindo e o Ibovespa, índice de ações das principais empresas brasileiras, encosta nos 75 mil pontos: quem está com saudades do PT? Quem quer retomar o curso de destruição total do país? Quem inveja a Venezuela?

Alguns analistas, é verdade, desconfiam de que há muito otimismo embutido nos preços de nossas ações. Olham para os imensos desafios à frente e não entendem tanta calmaria, se temos um déficit de quase R$ 200 bilhões, primário!

Sem as reformas estruturais eles sabem que o Brasil não vai sobreviver, não consegue atravessar o pântano atual. Só podem estar apostando, então, nas reformas, parte tendo início no próprio governo Temer, e parte (a maior) a partir de 2018.

Ou seja, eis o que parece estar precificado no índice: que o pior já passou para Temer, que as flechas petistas de Janot falharam de vez, e que em 2018 vence algum candidato de centro-direita, reformista, falando em privatização, em corte de gastos, em mudanças na previdência. Um Dória, talvez?

Há alguns argumentos para quem gosta de enxergar o copo meio cheio. Se ajustado para valores reais em vez de nominais, ou seja, descontando a inflação no período, o Ibovespa ainda estaria distante do pico, e teria que passar dos 100 mil pontos apenas para valer o mesmo que já valeu no passado, sem ilusão monetária.

Outro ponto é que em dólares ele também está distante do topo. Além disso, os mercados globais também estão calmos e o S&P 500, principal índice de ações americanas, sobe de forma sistemática e está no “all time high” (sim, parece que a vitória de Trump não foi aquele caos previsto pelos mesmos incapazes de prever sua vitória).

Os países desenvolvidos continuam presos na armadilha dos juros baixos, com seus estímulos monetários para impedir uma depressão em economias bastante endividadas. Como vão sair dessa ninguém sabe. Os economistas austríacos julgam a situação insustentável, mas pode ser uma saída à moda japonesa, e a taxa de juros seguir quase nula por muito tempo, ajudando a inflar ativos ao redor do mundo.

É a abundância de liquidez que costuma produzir bolhas especulativas, pois, no afã de encher o piscinão dos mercados desenvolvidos, o excesso de liquidez acaba respingando nos países emergentes. Basta não fazerem barbeiragens demais, sinalizar alguma responsabilidade, para atrair grande quantidade de recursos.

Em suma, o Brasil conseguiu se livrar do pior com o impeachment de Dilma, o governo Temer, por senso de sobrevivência, adotou uma pauta mais reformista que ao menos estancou a nossa sangria, e os investidores estão apostando na continuidade dessa agenda de reformas, com viés mais liberal. Tudo isso num cenário internacional de calmaria e liquidez ainda abundante.

SE – e é um grande SE – tais condições permanecerem e um candidato mais de centro realmente vencer em 2018, num país dominado há décadas pela esquerda perdulária, então o Ibovespa poderá seguir seu rumo de alta, com a valorização de nossas empresas sinalizando a retomada do crescimento e dos empregos.

Mas se o povo brasileiro voltar a flertar com embusteiros intervencionistas, que pregam um estado empresário e paternalista, além de locomotiva do progresso, e ridicularizam as preocupações “neoliberais” com o déficit fiscal, então tudo isso será desfeito como num castelo de cartas, o dólar voltará a disparar para cima de R$ 4, a inflação subirá puxando junto a taxa de juros, e o desemprego terá recordes novamente.

O resumo é claro: para seguir melhorando, dentro das limitações de um país ainda muito distante da mentalidade liberal, é preciso escolher um candidato reformista em 2018 e aprovar algumas reformas básicas de cunho mais liberalizante. A alternativa é descer novamente a ladeira rumo ao pântano infernal que o PT deixou o Brasil.

PS: O foco desse texto foi totalmente econômico, mas claro que há muito mais em jogo, como nossos valores morais destruídos pela esquerda “progressista” e a questão fundamental da segurança, temas relevantes para a eleição de 2018. Além disso, um país que tem Marcelo Odebrecht e os irmãos Joesley e Wesley Batista presos, e Lula como réu condenado, é um país diferente daquele que minha geração se acostumou, o que também alimenta alguma esperança num futuro melhor, com menos impunidade aos poderosos.

Rodrigo Constantino

Uma teoria bovina sobre Governos (em Mises.org.br)

Um pouco de humor para relaxar. Várias versões distintas já circularam pela internet, mas esta é a melhor...  Recorrendo a duas vacas para explicar como cada tipo de governo funciona.

Socialismo

Você tem duas vacas. O governo confisca uma e dá para seu vizinho.

Comunismo

Você tem duas vacas. O governo confisca as duas e promete dar a você um pouco de leite. Mas você morre de fome. 

Fascismo

Você tem duas vacas. O governo confisca as duas e vende o leite para você.

Burocracia

Você tem duas vacas. O governo confisca as duas, mata uma, ordenha a outra até ela morrer, paga a você pelo leite, e então o joga pelo ralo.

Capitalismo sem capital

Você tem duas vacas. Vende uma, força a outra a produzir leite equivalente ao de quatro vacas, e então fica surpreso quando ela cai morta.

Capitalismo avançado

Você tem duas vacas. Vende uma, compra um touro, e se torna proprietário de um rebanho. 

Estado de bem-estar social

Você tem duas vacas. O governo lhe tributa pesadamente até o ponto em que você tem de vender as duas para sustentar outra pessoa que já ganhou uma vaca grátis do governo. 

Democracia representativa

Você tem duas vacas. Seus vizinhos marcam uma eleição para escolher quem irá dizer como o seu leite será repartido. 

Social-Democracia brasileira 

Você tem duas vacas. Elas nada produzem, pois estão estudando para concurso. 

Sindicalismo

Você tem duas vacas. Você paga uma ao vaqueiro pelo salário combinado e a outra para o mesmo na ação que ele move contra você na justiça do trabalho.

Petismo

Você tem duas vacas. As duas são roubadas por companheiros seus. Mas você não sabe de absolutamente nada.

O risco Lula na Bolsa, por FÁBIO ALVES (no ESTADÃO)

Após ter registrado ontem o mais alto fechamento de sua história, aos 74.538,55 pontos, o Ibovespa deve ficar cada vez mais sensível daqui em diante ao noticiário relacionado às eleições presidenciais de 2018.

É razoável dizer que, aos níveis atuais de preços, a Bolsa de Valores brasileira atribui uma probabilidade maior do que 50% de vitória na eleição presidencial de um candidato oriundo da base aliada do governo Michel Temer – em particular do PSDB, DEM ou PMDB – e que representaria a continuidade da atual política econômica. Mas a parcela de probabilidade de vitória de algum candidato que representaria uma oposição a essa política econômica ainda não é desprezível.

Em especial, a probabilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concorrer, ir ao segundo turno e ganhar o pleito é um risco aos olhos dos investidores que impõe algum limite hoje aos preços das ações.

O prazo para registro das candidaturas às eleições termina no dia 15 de agosto de 2018 e até lá ainda não se tem certeza se o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em Porto Alegre, vai decidir se mantém ou reverte a condenação de Lula pelo juiz Sergio Moro a 9 anos e meio de prisão, o que tornaria o petista inelegível e o deixaria fora do pleito.

Qualquer notícia que venha a sinalizar um eventual impedimento da candidatura de Lula em 2018 alimentará o otimismo dos investidores. Não à toa que, na véspera do feriado de 7 de setembro, o depoimento de Antonio Palocci, ex-ministro de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff, ao juiz Moro injetou uma dose de euforia no mercado acionário. Palocci disse que havia um “pacto de sangue” entre Odebrecht e PT, resultando num “pacote de propinas”, o qual incluía R$ 300 milhões para o partido e o ex-presidente Lula.

Marco Tulli Siqueira, gestor de operações da corretora Coinvalores, projeta que o Ibovespa poderá encerrar a 82 mil pontos no fim deste ano e a 95 mil pontos no fim de 2018.

“Na certeza do Lula, do PT e da chamada esquerda ficar fora, os 95 mil pontos podem vir em 2017 e em 2018 chegar a 110 mil pontos, mantendo a economia nessa linha que estamos”, diz Siqueira. Para ele, a Bolsa ainda não embute nos preços a probabilidade de vitória em 2018 de um candidato que manterá a atual política econômica. “Precifica tão somente a economia com Temer que aí está e deve ficar até o fim de 2018.”

Para Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos, a Bolsa brasileira vem surfando no bom momento externo, correspondendo a cerca de 40% da alta recente. Também influencia o bom desempenho do Ibovespa a melhora no prêmio de risco do Brasil, refletindo a melhor perspectiva de votação de reformas importantes pelo governo Temer.

Ele crê que o mercado precifica hoje que o próximo presidente vá manter a partir de 2019 o processo reformista que se observa hoje no governo Temer. “A manutenção da política econômica é o cenário ideal e o imaginado pelo mercado atualmente”, diz Suzaki, que prevê o Ibovespa fechando em até 80 mil pontos no fim deste ano.

Marco Saravalle, analista da XP Investimentos, lembra que a sua instituição fez recentemente uma pesquisa com investidores institucionais na qual 25% dos ouvidos disseram esperar um Ibovespa acima de 80 mil pontos se o governador paulista, Geraldo Alckmin, vencer as eleições presidenciais de 2018, enquanto no caso de vitória do prefeito paulistano, João Doria, a parcela dos que projetaram a Bolsa acima de 80 mil pontos foi de 60%.

A XP Investimentos prevê o Ibovespa a 82.500 pontos no fim deste ano. E se o mercado soubesse que Lula estaria fora das eleições de 2018? “Nesse cenário, o Ibovespa poderia caminhar para nossa expectativa entre cenário-base e o cenário ótimo, ou seja, entre 85.200 pontos e 90.800 pontos”, diz Saravalle.

Ou seja, se o mercado tivesse a certeza de que Lula não seria candidato no ano que vem, engordando a parcela majoritária das apostas hoje de vitória de um nome governista, o Ibovespa já estaria negociando bem acima de seu patamar máximo histórico de quase 75 mil pontos.

*É COLUNISTA DO BROADCAST

LIBERAIS DE SACO CHEIO DA ESQUERDA ESTÃO TOMANDO A “PÍLULA VERMELHA”

Em artigo publicado na Fox News, Elizabeth Ames comenta sobre a crescente quantidade de liberais que estão cansando da narrativa esquerdista e despertando, tomando a “pílula vermelha” da realidade, como no filme “Matrix”.

A mídia mainstream falhou ao ver o avanço de Donald Trump, que culminou com sua vitória nas eleições de 2016. E agora está ignorando também esse novo fenômeno, as raízes de um movimento que pode ser de igual significado: esses liberais acordando do sonambulismo “progressista”.

Pessoas de todas as idades e etnias, diz Ames, estão postando no YouTube vídeos descrevendo esses momentos de “pílula vermelha”, experiências pessoais que as levaram a rejeitar a narrativa esquerdista imbuída desde sua infância por amigos, professores e a mídia de entretenimento e notícias.

Podem dizer que aqueles que tomaram a “pílula vermelha” foram influenciados. Mas em vez de buscar “espaços seguros”, eles estão fazendo o contrário, publicando monólogos arrancando os grilhões do politicamente correto.

Esses vídeos apresentam o tipo de postura subversiva que foi no passado a marca da esquerda, antes de o movimento esquerdista perder seu senso de humor. O conservadorismo é hoje a nova contracultura, como já foi dito.

Candace Owens é um exemplo citado pela autora. Uma negra carismática que posta comentários no YouTube que deixam a patrulha do politicamente correto de cabelo em pé. Num dos vídeos, Owens já provoca no título: “Eu não ligo para Charlottesville, KKK ou Supremacia Branca”.

Ela narra um dia comum de sua vida, em que cruza com gente de várias etnias, e ninguém parece se importar com esses rótulos raciais. O vídeo teve quase meio milhão de visualizações, com uma ampla maioria de comentários favoráveis.

Em outro vídeo, com mais de 700 mil visualizações, Candace ataca o Black Lives Matter, assim como o Facebook e o próprio YouTube, mostrando o que eles realmente pensam sobre pessoas negras: só cabe o estereótipo de vítima com raiva. Ao se dizer cansada disso, ela oferece aos seguidores a prescrição de “pílulas vermelhas” para cair na real.

A campanha intensa da esquerda contra a liberdade de expressão tem desencadeado essa reação em muitos, que partem em busca da “pílula vermelha”. Um dos canais mencionados foi criado por um ex-seguidor do socialista Bernie Sanders, que cansou dessa postura esquerdista e deu uma guinada radical à direita.

Segundo o criador, ele tomou a “pílula vermelha” quando percebeu que seus companheiros caminhavam em direção a um autoritarismo “progressista”, um nicho político que divide as pessoas e não tolera qualquer tipo de dissidência.

Para não variar, a grande imprensa tem ignorado o fenômeno. O feminismo pode ser o próximo alvo da “pílula vermelha”, projeta a autora. O grau de intolerância do movimento feminista chegou a um patamar tão absurdo que esse tipo de reação é apenas natural.

No fundo, o fenômeno “pílula vermelha” é uma resposta aos excessos do politicamente correto, a essa cultura asfixiante, engessada, sem senso de humor e que age como uma polícia do pensamento o tempo todo, como uma inquisição. Eis o caminho escorregadio até a “pílula vermelha”, quando as pessoas começam a lutar por ares mais livres e respiráveis.

Dave Rubin é um exemplo bom. Ele era de esquerda, é um gay casado, e seu programa “The Rubin Report” tem feito enorme sucesso, justamente batendo na esquerda politicamente correta. O financiamento de seu programa é totalmente independente, por meio de “patronos” do Patreon, que colaboram com quase $30 mil mensais. Quem precisa da mídia mainstream?

Para Rubin, a esquerda não é mais liberal, e sim autoritária. Ele não esconde sua decepção com a esquerda “regressista”, em vez de “progressista”, que adota uma ideologia ultrapassada e coletivista, ignorando a menor minoria de todas: o indivíduo. Ela ama que todos os grupos de “minorias” se comportem como monólitos.

Quem é um indivíduo de verdade, avesso ao “pensamento de grupo”, independente, precisa pular fora dessa mentalidade coletivista da esquerda, diz Rubin. Para ele, essa mentalidade é a maior ameaça que a civilização ocidental enfrenta hoje.

Elizabeth Ames fornece outros exemplos, mas o fenômeno já fica claro: cada vez mais gente tem feito enorme sucesso nas redes sociais ao desafiar o establishment, a cultura predominante, que hoje é certamente de esquerda e politicamente correta. Ninguém aguenta mais tanta chatice, patrulhamento, afetação e ausência de senso de humor.

A esquerda antiliberal, que se diz “liberal”, conseguiu criar um ambiente cultural tão opressor e intolerante, em nome da diversidade e tolerância, que mais e mais gente tem tomado a “pílula vermelha” para sair dessa prisão intelectual, para poder gritar, rebelar-se, protestar e se identificar como indivíduo único, não como apenas membro de alguma “minoria” vítima qualquer.

PS: No Brasil o vermelho é a cor da esquerda, então a expressão “pílula vermelha” como despertar perde parte do sentido. Mas é bom lembrar que, nos Estados Unidos, o vermelho é a cor do Partido Republicano, mais conservador e liberal.

Rodrigo Constantino

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Fonte:
Blog Rodrigo Constantino/Mises

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