Soja recua, mas mantém estabilidade em Chicago; referências nos portos do BR ainda nos R$ 70

Publicado em 11/09/2017 12:59

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O mercado internacional da soja opera com estabilidade nesta segunda-feira (11) já se preparando para os novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chegam amanhã. As cotações até iniciaram o dia em campo positivo - atuando com ligeiras altas - porém, na sequência passaram para o campo negativo. 

Dessa forma, por volta de 12h30 (horário de Brasília), os futuros da commodity perdiam pouco mais de 3 pontos, o que levava o vencimento novembro - referência para a safra americana e contrato mais negociado agora - a US$ 9,58 por bushel. O março/18 valia US$ 9,77 no mesmo momento. 

Ao mesmo tempo, o mercado brasileiro sente ainda a pressão do dólar, que volta a recuar nesta segunda e já perde o patamar dos R$ 3,10. Segundo especialistas, o recuo é reflexo do movimento das moedas emergentes no exterior e de um ambiente mais favorável no Brasil, principalmente depois da presão do delator Joesley Batista durante o final de semana. 

Perto de 12h50 (Brasília), a divisa perdia 0,145 para R$ 3,09. E assim, as referências no porto de Paranaguá ainda valiam entre R$ 70,00 e R$ 70,50 por saca. Segundo explica o consultor Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, entrando em meados de setembro, os negócios para exportação no Brasil deverão se intensificar. 

"Segue forte a demanda na exportação. Assim, o movimento maior tende a ser para o
mercado externo, com as indústrias internas  trabalhando com o que tem em casa e pouco de compras novas", diz Brandalizze. "E o ritmo do movimento da exportação seguirá forte, podendotrazer aperto no abastecimento interno mais a frente, porque já estamos bem
vendidos no mercado externo. E há uma fatia dos produtores que ainda tem soja, mas que indicam vender apenas no começo do ano que vem, buscando repassar o faturamento para o próximo ano fiscal", completa. 

Bolsa de Chicago

"O mercado de grãos busca se posicionar antes do USDA desta terça-feira. A produção é o assunto mais especulado para este boletim, porém, alguns acres já colhidos poderiam ter um impacto considerável no mercado, além dos números dos estoques finais", explicam analistas da consultoria internacional Allendale. 

Há expectativas no mercado que indicam uma redução de produtividade da soja em relação ao reporte de agosto, porém, os números ainda causam muitas divergências entre as casas. Para a Allendale, por exemplo, o rendimento da oleaginosa pode vir em 48,8 bushels por acre - em uma faixa de 49,8 a 47,1 - contra 49,4 do mês passado.  

"Aqui fica a grande pergunta, que deve estar pesando na cabeça e na mente de muitos operadores: vai o USDA corrigir e reduzir a safra? Eu, particularmente, acho que na soja não, mesmo sem as chuvas necessárias que frisamos para conclusão da safra", diz o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa.

Paralelamente, os traders acompanham também a movimentação do furacão Irma, que chegou aos Estados Unidos pelo estado da Flórida neste final de semana e pode ir mais adiante, chegando, possivelmente, ao Alabama e à Georgia. Apesar disso, o fenômeno perdeu força e, felizmente, foi rebaixado da categoria 5 para 2.

O impacto sobre o andamento dos preços das softcommodities, porém, pode ser mais agressivo nestes próximos dias, principalmente no suco de laranja. A Flórida, afinal, é o maior estado produtor da fruta nos EUA. 

Ainda nesta segunda, as informações da demanda continuam chegando positivas e limiltando as baixas observadas na CBOT. Além de um anúncio de novas vendas de mais de 350 mil toneladas trazido pelo USDA na manhã de hoje - para destinos não revelado - o boletim de embarques semanais do departamento trouxe ainda número bem acima das expectativas para estes primeiros dias do ano comercial 2017/18. 

Na semana encerrada em 7 de setembro, os embarques americanos de soja totalizaram 1.106,268 milhão de toneladas, contra expectativas do mercado que variavam de 440 mil a 630 mil toneladas. Na semana anterior, os embarques foram de 710,922 mil toneladas. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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