Feijão: Produtor pode ter melhor oportunidade de comercialização em outubro e novembro
Marcelo Lüders, presidente do IBRAFE, destaca que os últimos 15 dias foram desafiadores para o mercado de feijão, tendo em vista a "queda de braço" que os produtores conseguiram ganhar até agora, já que havia uma quantidade de pessoas trabalhando para que os preços chegassem a valores entre R$ 70 a R$ 80.
Este patamar não cobre os custos de produção, que vão até R$ 130, dependendo do produtor. Trocando informações entre si, os produtores conseguiram segurar os preços.
Uma referência de R$ 110 a R$ 115 também não remunera o produtor pela média - apenas pontualmente, como destaca Lüders, no caso de produtores que trabalham com sementes de boa origem, manejo adequado e estrutura correta de solo. O mercado só será confortável quando os preços ultrapassarem esses patamares.
Ele lembra que, quando surgiram as primeiras notícias de que o mês de agosto teria uma concentração importante de colheitas, alguns optaram por plantar uma variedade de feijão carioca com perda de cor mais lenta ou resolveram diversificar, partindo para o feijão rajado ou preto.
O consumo no Brasil de feijão carioca deve ser de 14 milhões de sacas, em média, até o final do ano. A safra da Bahia, que foi tida como expressiva, não deve ser suficiente para derrubar os preços do feijão.
Com isso, Lüders aconselha os produtores a ficarem sempre atentos às conversas e a manterem "a guarda armada", além de compartilhar informações para que os outros também saibam o que ocorre em suas regiões. Ele salienta, ainda, que os primeiros 15 dias de cada mês têm sido o melhor período para a comercialização.
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