"Tem preço, mas não tem boi". Frigoríficos paulistas buscam animais fora do estado e diferencial de preços com SP está menor
"Tem preço, mas não tem boi". Esta é a atual situação do mercado do boi gordo no estado de São Paulo, como aponta Mariane Crespolini, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Houve uma redução do volume de animais prontos para abate, além de alguns produtores estarem segurando o boi, de olho em melhores preços com o movimento de alta que se apresenta no mercado.
A oferta neste período é tradicionalmente menor, como lembra a pesquisadora. Os próximos meses representam apenas 10% do abate anual. Os frigoríficos estão com dificuldades de preencher escalas. Algumas plantas reabriram e a indústria está competindo entre si para conseguir boi. Para alguns, a estratégia é buscar os contratos a termo, garantindo as escalas para setembro e outubro.
As exportações estão aquecidas, mas estas representam apenas 20% da venda da carne. Do lado do consumidor do mercado interno, a recuperação da economia é lenta e pode ser que haja uma dificuldade de repassar os preços da alta do boi gordo, o que poderia ser um fator limitante para os preços.
Nos contratos a termo, a indústria tem buscado fechar no preço Cepea. Este ainda é um movimento tímido, principalmente para os produtores que possuem larga escala, além de os negócios serem realizados em um prazo um pouco mais curto.
Ela aconselha os produtores a se protegerem realizando um contrato de preço mínimo via bolsa. Desta forma, o pecuarista se livra do risco por meio de uma ferramenta de proteção.
Crespolini ainda disponibiliza os contatos para convidar os pecuaristas a serem colaboradores do Cepea, ferramenta que não possui nenhum custo e a partir da qual pode-se acompanhar a praça mais próxima:
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