Café: Mercado do arábica na Bolsa de NY cai mais de 100 pts nesta 2ª e completa sexta sessão seguida no vermelho
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta segunda-feira (21) com quedas de pouco mais de 100 pontos, mas chegaram a registrar alta no início dos trabalhos. O mercado volta a refletir as chuvas que acontecem no Brasil e que podem beneficiar a safra 2018/19, mas as vendas dos fundos continuaram. Dessa forma, os preços externos do grão renovaram mínimas de julho.
O contrato setembro/17 fechou a sessão de hoje cotado a 126,40 cents/lb com queda de 165 pontos, o dezembro/17 caiu 155 pontos, a 130,15 cents/lb. Já o contrato março/18 teve baixa de 160 pontos e encerrou o dia negociado a 133,70 cents/lb e o maio/18 recuou 165 pontos e estava cotado a 136,00 cents/lb. Essa é a sexta sessão consecutiva de queda no mercado.
As cotações do arábica repercutem desde a semana passada as chuvas no Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo. A percepção dos operadores é de que essas precipitações possam beneficiar a próxima safra que já tende a ser maior, já que é de bienalidade positiva, com potencial de produção de 60 milhões de sacas de 60 kg, segundo alguns analistas.
"A safra 2018/19, em particular, pode se beneficiar das chuvas, e, de qualquer forma, será um ano de alto rendimento no ciclo de bienalidade", disse o Commerzbank em nota de mercado na semana passada. As informações são da agência de notícias Reuters.
Também houve influência de indicadores técnicos na sessão desta segunda, com vendas dos fundos sendo vistas. Na sexta-feira, os dados da CFTC (Commodity Futures Trading Commission) mostraram que os especuladores de café arábica cortaram suas posições vendidas líquidas em 440 contratos para 4.120 contratos na semana até 15 de agosto, pela quinta semana consecutiva.
O site internacional Agrimoney destacou no dia que os indicadores técnicos apontam o patamar de 130,00 cents/lb com um preço considerado chave para os investidores.
A colheita da safra 2017/18 sendo realizada no Brasil. Os trabalhos estavam em 91% da produção total até o dia 15 de agosto, segundo estimativa é da consultoria Safras & Mercado. Levando em conta a produção esperada pela empresa para o Brasil de 51,1 milhões de sacas, já foram colhidas 46,29 milhões.
A Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), maior cooperativa de café do mundo, reduziu na semana passada em 30% sua expectativa de produção na região onde atua, totalizando 14 milhões de sacas de 60 kg. Isso por conta do clima desfavorável e da infestação de broca.
Mercado interno
Os negócios seguem lentos nas praças de comercialização do Brasil mesmo com o avanço da colheita no país. "Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem da forte retração de produtores, que estão concentrados nas entregas futuras, e da expectativa de que a safra de arábica 2017/18 seja menor que a esperada, por conta de problemas de padrão (menor peneira) e de produtividade (como a broca)", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca a R$ 500,00 e alta de 2,04%. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com avanço de 2,08% e saca a R$ 490,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Varginha (MG) com saca a R$ 465,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Franca (SP) com queda de 2,13% e saca a R$ 460,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhhal (SP) (estável), Patrocínio (MG) (estável) e Varginha (MG) (estável), ambas com saca a R$ 460,00. A praça de Franca (SP) teve a maior oscilação no dia com queda de 2,17% e saca a R$ 450,00.
Na sexta-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 451,73 e alta de 0,25%.
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