Café: Bolsa de Nova York fecha em alta na sessão desta 3ª feira e testa máximas de 4 meses e meio
As cotações futuras do arábica fecharam a sessão desta terça-feira (8) com alta próxima de 100 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) e chegaram a testar os maiores patamares em quatro meses e meio durante o dia. O mercado tem suporte técnico depois de demonstrar força acima de US$ 1,40 por libra-peso, mas também acompanha as informações sobre a safra 2017/18 do Brasil, que está em plena colheita.
O contrato setembro/17 fechou a sessão cotado a 142,75 cents/lb com alta de 70 pontos, o dezembro/17, referência de mercado, registrou 146,30 cents/lb com avanço de 75 pontos. Já o vencimento dezembro/17 encerrou o dia com 149,80 cents/lb e valorização de 70 pontos e o março/18, mais distante, também subiu 70 pontos, fechando a 152,05 cents/lb. Essa é a segunda sessão consecutiva de alta.
O mercado do arábica no terminal externo tem acompanhado nos últimos dias as informações sobre a safra 2017/18, inclusive com relatos de broca em regiões produtoras do país, e temores em relação ao abastecimento. Essa temporada já é de bienalidade negativa, ou seja, terá colheita menor. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) aponta a produção brasileira neste ano em 45,56 milhões de sacas de arábica e robusta.
"O Brasil não vendeu muito de sua safra 2017/18, então você tem a pressão do mercado que vem subindo", disse à agência de notícias Reuters Diego Guadalupe, vice-presidente do Société Générale, em Nova York. O mercado também tem suporte técnico, pois demonstrou firmeza para trabalhar acima do patamar de US$ 1,40/lb. Além disso, compras por parte dos fundos e especuladores são vistas no mercado. As informações são de agências internacionais de notícias.
"Os especuladores estavam comprando suas posições vendidas após uma recente reunião", disse Diego Guadalupe.
A consultoria Safras & Mercado divulgou nesta quinta que a colheita de café da safra 2017/18 do Brasil estava em 80% até dia 1º de agosto. Levando em conta a estimativa da consultoria de produção de 51,1 milhões de sacas de 60 kg, já foram colhidas 40,74 milhões de sacas. "Produtores de arábica aumentam o tom de preocupação com a quebra de safra, baseado no avanço do beneficiamento e do alto percentual de perdas com a renda", disse o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach.
Mercado interno
Segundo analistas, os negócios com café no mercado físico ganharam um pouco mais de ritmo, mas ainda assim seguem lentos mesmo com o avanço da colheita da safra 2017/18. De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), muitos produtores têm se concentrado nas entregas futuras da variedade, mesmo com a colheita avançando nas principais origens produtoras.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 525,00 e alta de 0,96%. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 2,00% e saca a R$ 510,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 500,00 – estável. A oscilação mais expressiva dentre as praças verificadas no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) que teve alta de 1,05% e saca a R$ 483,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com R$ 510,00 a saca e alta de 0,99%. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com avanço de 1,09% e saca a R$ 465,00.
Na segunda-feira (7), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 473,49 e alta de 1,21%.
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