Café: Bolsa de Nova York dá continuidade às perdas da véspera com baixas de quase 200 pts nesta 3ª
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em baixa pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira (25), mas ainda seguem trabalhando ao redor de US$ 1,30 por libra-peso. O mercado segue trabalhando em movimento corretivo técnico depois de registrar nos últimos dias máximas de 10 semanas e chegar a ter ganhos acumulados de mais de 2% na semana passada.
O contrato setembro/17, referência de mercado, fechou a sessão cotado a 130,60 cents/lb com queda de 195 pontos, o dezembro/17 registrou 134,20 cents/lb com recuo de 195 pontos. Já o vencimento março/18 encerrou o dia com 137,75 cents/lb e desvalorização de 190 pontos e o maio/18, mais distante, caiu 195 pontos, fechando a 139,95 cents/lb.
Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 3ª feira – Fonte: Investing
"Pelo segundo pregão consecutivo, as cotações do café arábica fecharam em baixa na Bolsa de Nova York. O mercado deu sequência às vendas especulativas e também correções após as altas da semana passada", disse o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado. O mercado está tentando se estabilizar na área da média móvel de 20 dias após cair para US$ 1,2975/lb. As informações são de agências de notícias.
A colheita de café da safra 2017/18 avança no Brasil e estava em 65% até o dia 18 de julho, segundo a Safras & Mercado. Levando em conta a estimativa da consultoria, de 51,1 milhões de sacas de 60 kg, é apontado que já foram colhidas 33,35 milhões de sacas. No ano passado, no mesmo período, o Brasil tinha colhido 64% da safra e na média dos últimos 5 anos para o período em 63%.
A Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) informou nesta terça que a colheita de seus cooperados estava em 67,45% até o dia 22 de julho, ou 4,59 milhões de sacas de 60 kg. Os trabalhos estão mais adiantados que os últimos cinco anos. A cooperativa espera que seus cooperados produzam neste ano 6,8 milhões de sacas de café e deve receber 4,28 milhões de seus associados ao longo do ano.
Leia mais:
» Colheita de café da safra 2017/18 dos cooperados da Cooxupé atinge 67,45%
Segundo o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, o clima mais seco nos últimos dias favoreceu o avanço dos trabalhos no campo. "E o bom avanço dos trabalhos ao longo das últimas semanas elevou a oferta disponível de café no mercado. No caso do café arábica, segue a queixa de uma safra miúda, especialmente no Sul de Minas e em São Paulo", disse.
Mercado interno
Os negócios com café seguem acontecendo lentamente nas praças de comercialização com produtores à espera de melhores patamares e mais atentos com a colheita. "A movimentação está bem aquém da que sempre presenciamos no período de safra. A verdade é que boa parte dos produtores tem vendas futuras para liquidarem, mas o que estamos vendo é uma preocupação generalizada", disse em relatório Machado.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 490,00 – estável. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 0,64% e saca a R$ 466,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 465,00 e queda de 5,10%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças verificadas.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) (-3,19%), Patrocínio (MG) (estável) e Média Rio Grande do Sul (-1,09%), ambas com saca a R$ 455,00. A praça paulista teve a maior oscilação no dia.
Na segunda-feira (24), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 450,04 e queda de 1,27%.
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