Já são 4 casos de febre aftosa na Colômbia. Disseminação do vírus desafia autoridades do país
O município de Cúcuta, no Departamento de Santander, na divisa com a Venezuela, é o local do quarto foco de febre aftosa na Colômbia em apenas um mês. No dia 14 de julho, o ICA (Instituto Colombiano Agropecuário), confirmou a infecção de dois bovinos machos pelo vírus tipo O a apenas 300 m da fronteira venezuelana.
Cúcuta fica a apenas 300 km do município de Tame (Departamento de Arauca), que há um mês teve confirmado o primeiro caso de aftosa na Colômbia desde 2009. Lá foram sacrificados 297 animais.
As autoridades colombianas trabalham com a hipótese de que os vírus encontrados em Tame e Cúcuta tenham vindo da Venezuela, por terra ou por rio. “Trata-se de uma região de intenso trânsito de animais porque um bovino custa 300 mil pesos na Venezuela e 2,8 milhões de pesos na Colômbia”, disse Olga Dias, Diretora Técnica do Serviço de Vigilância Epidemiológica do ICA, na 6ª reunião extraordinária da Cosalfa (Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa), realizada hoje, em Brasília (DF).
Porém, as autoridades colombianas reconhecem que ainda não têm opinião formada sobre a origem do vírus de aftosa no município de Yacopí, no Departamento de Cundinamarca, no coração do país, confirmado em 27 de junho. “É uma região montanhosa, extremamente erma e com baixa população bovina. O vírus foi detectado em uma pequena propriedade que não vacinava os animais”, reconhece Olga Dias.
Da mesma forma, ainda é inconclusiva a origem do vírus de aftosa detectado no município de Tibacuy, região turística e não bovina do departamento de Cundinamarca, no dia 4 de julho.
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