Diante da perspectiva de safra maior nos EUA, milho amplia perdas ao longo desta 5ª feira na CBOT
Durante a sessão desta quinta-feira (13), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. As principais posições do cereal registravam quedas entre 7,25 e 10,50 pontos, perto das 12h59 (horário de Brasília). O contrato setembro/17 era cotado a US$ 3,77 por bushel, enquanto o dezembro/17 trabalhava a US$ 3,91 por bushel.
Os futuros da commodity ainda refletem as novas projeções do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgadas nesta quarta-feira. Na contramão das expectativas do mercado, o órgão revisou para cima a safra americana, que deverá totalizar 362,1 milhões de toneladas na temporada 2017/18. Já os estoques finais do grão no país também subiram e foram projetados em 59,06 milhões de toneladas.
"Houve surpresa geral com a elevação da estimativa de colheita, num momento de adversidades climáticas", ponderou a Granoeste Corretora de Cereais, em seu comentário diário. A corretora também reforçou que o boletim de agosto deverá trazer projeções com base em levantamento de campo e, portanto, mais realista.
O site internacional Agrimoney.com reportou que "embora os ursos tenham ganhado a batalha, em termos de obter resultados positivos com o relatório do USDA, eles não ganharam a guerra, com muito tempo ainda para o desenvolvimento das culturas". Alguns analistas até destacam que o departamento foi cauteloso em não reduzir os rendimentos das lavouras, uma vez que o período chave de polinização ainda está no início.
Em meio a esse quadro, o foco dos participantes do mercado continua no comportamento do clima no Meio-Oeste americano. E, segundo informações do Rabobank, divulgadas pelo Agrimoney.com, "a perspectiva para o Meio-Oeste para o resto do mês não é muito benéfica, com clima quente e principalmente seco, enquanto as temperaturas noturnas devem permanecer desfavoravelmente altas".
Já as vendas semanais de milho somaram 161 mil toneladas da safra velha na semana encerrada no dia 6 de julho. O volume ficou abaixo das projeções dos participantes do mercado, entre 300 mil a 500 mil toneladas. Com isso, o acumulado na temporada está em 55.763,5 milhões de toneladas.
Da safra 2017/18, os números ficaram em 279 mil toneladas, acima do esperado pelos investidores, de 50 mil a 200 mil toneladas.
BM&F Bovespa
Enquanto isso, na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho também operam do lado negativo da tabela. Por volta das 13h06 (horário de Brasília), as principais posições da commodity caíam entre 0,76% e 2,04%. O setembro/17, referência para a safrinha, era negociado a R$ 25,95 a saca e o novembro/17 a R$ 27,59 a saca.
As cotações são influenciadas pela forte queda registrada no mercado internacional. Já o dólar apresenta ligeiras oscilações nesta quinta-feira e, perto das 11h55, era cotado a R$ 3,2124 na venda, com alta de 0,15%. Conforme dados da Reuters, a moeda exibe um movimento de correção em meio ao otimismo da perspectiva de que o banco central norte-americano não está com pressa para subir a taxa de juros e com o cenário político brasileiro.
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