Mercado físico do boi segue pressionado, mas os preços futuros reagem com risco de redução da oferta e menor incerteza com JBS
O analista de mercado Caio Toledo Godoy, da FC Stone, destaca que o mercado do boi tem duas realidades neste momento. O mercado físico está pressionado, em um momento de grande oferta, enquanto o mercado futuro, que teve uma alta significativa na BM&F, com preços em torno de R$130/@.
A oferta maior que a demanda deve permanecer por mais 15 a 20 dias. As exportações estão em bons números, mas a demanda interna não tem ajudado muito, trabalhando de forma retraída. Em um período de deflação no país, a carne também não consegue encontrar espaço para subir.
São Paulo trabalha hoje com negócios entre R$124/@ a R$127/@, sem desconto do Funrural sobre estes valores.
Ainda há potencial para pressão no mercado físico, embora esse espaço ainda não seja tão grande.
O mercado futuro, por sua vez, é justificado pela somatória de dois fatores: o receio sobre o futuro, considerando a delação feita pela JBS e o cenário político do país e o final da janela do confinamento, que pode ser desestimulado por preços não tão atrativos.
Os atuais patamares que estão sendo indicados para outubro ainda existem algumas contas locais, dependendo de cada propriedade, para definir se o confinamento é uma estratégia favorável para o momento.
Ainda não é possível afirmar, como aponta Godoy, qual é o volume previsto de confinamento frente a tal situação.
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