Carnes: Enquanto mercado de suínos tenta reação, boi segue acomodado

Boi Gordo, por Scot Consultoria: O mercado está mais acomodado

Alex Santos Lopes da Silva
zootecnista
Scot Consultoria

O mercado está mais “acomodado” depois de uma segunda-feira com redução nos preços de referência em um terço das praças pesquisadas. 

Embora a conjuntura não tenha mudado, o pecuarista siga tirando gado do pasto em função da seca e a venda de carne ainda não tenha dado resposta positiva, talvez o fato de as indústrias estarem com margens historicamente elevadas diminua um pouco a pressão sobre as cotações.

Além disso, em várias regiões, a oferta de compra do JBS, acima dos demais compradores, ajuda a manter o mercado sustentado. 

Mas, a redução da pressão de baixa trata-se de um movimento observado exclusivamente hoje, não podendo ser encarada ainda como uma tendência para o curto prazo. 

Em São Paulo, quase todas as empresas estão com ofertas de compra alinhadas, ao redor de R$ 125,50, à vista, live do Funrural.

O preço do boi casado de animais castrados está, em valores nominais, 2,6% menor que há um ano. O nível de escoamento atual não permite reajustar os preços, nem mesmo, para acompanhar a inflação acumulada.

Frango vivo: exportações devem crescer apenas 1% neste ano

Por Izadora Pimenta, no Notícias Agrícolas

Os preços do frango vivo permanecem estáveis nas principais praças nesta terça-feira (11).

A maior cotação é anotada em São Paulo, a R$2,50/kg. Entretanto, esta cotação apresentou 100 dias de estabilidade no último dia 8 de julho. A praça que encontra a menor cotação é o Paraná, a R$2,00/kg.

Hoje, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) destacou que a produção e as exportações brasileiras de carne de frango devem crescer 1% neste ano, um crescimento abaixo das expectativas.

A produção e a exportação de carnes de frango devem ficar abaixo das expectativas iniciais, já que as companhias ainda lidam com os impactos da Carne Fraca. A produção de frango deve ser de 13,1 milhões de toneladas.

No indicador da Scot Consultoria, o frango para atacado teve variação negativa de -0,57%, a R$3,50/kg.

Suíno vivo: mercado dá sinais de boa procura por animais em São Paulo

Por Izadora Pimenta, no Notícias Agrícolas

O preço do suíno vivo permaneceu sem variação nas principais praças do país nesta terça-feira (11).

A maior cotação ainda é anotada em São Paulo, a R$3,68/kg, enquanto Mato Grosso tem a menor cotação, a R$3,02/kg.

Em nota da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), o presidente da associação, Valdomiro Ferreira Junior, indica que o mercado dá sinais de boa procura por animais vivos e abatidos. “A tendência é de novos reajustes no decorrer da semana, motivados pela relação mais apertada entre oferta e demanda. A relação média atual entre arroba suína e o milho é de 1:2,54 - ou seja, uma arroba suína compra 2,54 sacas de milho de 60/Kg. Um ano atrás era de 1: 1,61 - entretanto, o ano passado (2016) a questão do milho fugiu de qualquer patamar aceitável”, analisou.

Para o segundo semestre, o mercado do milho deverá ter uma maior movimentação para a exportação, como indica análise publicada pela Scot Consultoria. Este fator, assim, poderia dar um certo suporte para as cotações, embora o patamar de preços fique bem abaixo do registrado no mesmo período de 2016.

No indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq, o Paraná teve uma variação positiva de 1,27%, a R$3,18/kg, enquanto, em São Paulo, a variação foi de 0,58%, a R$3,45/kg. Santa Catarina teve variação negativa, de -0,32%, a R$3,12/kg.