Na Folha: Janot vomita um primado do totalitarismo em entrevista, por Reinaldo Azevedo
Título chocante? Estaria aí apenas para "causar"? Não! É que eu o alinho com a sofisticação teórica exibida por Rodrigo Janot no programa "Roberto D'Ávila Entrevista", que foi ao ar na noite de quarta, pela GloboNews. Ou setembro chega logo, ou o procurador-geral da República ainda acaba pedindo a própria prisão preventiva. Não que fosse má ideia trancá-lo na Casa Verde de Itaguaí.
Noto de saída: que bom que as circunstâncias sorriram para Janot, e ele não conseguiu viabilizar sua terceira jornada à frente da Procuradoria-Geral da República! Bem que tentou. Mas não teria apoio nem de seus pares. A ser como revelou na tal entrevista, o homem foi desenvolvendo, com o tempo, um estômago fraco. Afirmou, por exemplo, ter ficado "chocado e com náusea" ao ouvir a conversa entre Joesley Batista e Michel Temer. É mesmo? Generoso que sou, cheguei a pensar naquele estado de torpor da personagem de Sartre de "A Náusea".
Janot vem das montanhas de Minas, como Cláudio Manuel da Costa. Ao saber de seu mal-estar, vieram-me a cabeça, de pronto, versos do poeta: "[Oh!, quem cuidara] Que entre penhas tão duras se criara/ Uma alma terna, um peito sem dureza!" Nota a margem: esse é o poema que citei ao telefone naquela conversa com Andrea Neves, vazada por algum criminoso do MPF ou da PF. Pela primeira vez na história da democracia, um jornalista foi convidado a se explicar sobre ter citado um poema ao telefone. Se Janot quiser, é só me ligar que declamo para ele.
Eu me enganei! Que Sartre que nada! Que Cláudio Manuel da Costa o quê! Janot revelou estar mais para um Bukowski! O homem disse ter ficado tão chocado com as acusações envolvendo o procurador Ângelo Goulart que chegou a vomitar quatro vezes no curso da ação! Eta diacho! Então ficamos assim: o nosso procurador tem náusea cívica com presidentes e vômito corporativo com procuradores.
Leia a íntegra no site da Folha de S. Paulo.
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