A produção de feijão nos próximos 10 anos deve se focar na exportação, além de profissionalizar produção e comércio
Alcido Elenor Wander, chefe da Embrapa Arroz e Feijão, aponta que, se nada for mudado neste mercado até 2026, as mudanças não seriam grandes. Entretanto, o surgimento de novas variedades que possam alterar o ciclo e a inclusão de novos tipos de feijão podem trazer novidades importantes para o setor.
De acordo com ele, o feijão tem o potencial de ser uma cultura na qual uma parcela expressiva pode ser enviada para o mercado. Com isso, há de se buscar novos mercados para que os produtores possam ter a segurança de investir em novos produtos também. Neste caso, o consumo também seria um ponto fundamental, já que uma parcela expressiva dos brasileiros consome apenas os feijões carioca e preto.
Wander acredita que esse processo já começou. Todos os programas de melhoramento no Brasil já estão buscando variedades. "Existe, já, um mundo que está se abrindo", diz.
Alguns produtores também já estão antenados nessas questões e acessíveis a novas possibilidades, principalmente os produtores de feijão carioca, que nem sempre conseguem boas rentabilidades. Os produtores de feijão preto já são mais reticentes.
Se a questão comercial for aberta e abrir espaço para novos tipos de feijão, "expandir não é problema", acredita Wander.
O mapa de produção também pode mudar. O Mato Grosso é um dos estados que mais tem ampliado área nos últimos anos e existe, ainda um potencial de aumento de área em diversos estados. Além disso, o aumento de projetos de irrigação pode abrir mais espaço para o grão.
Para saber o que os compradores externos desejam, é preciso, em primeiro lugar, estar em contato com eles. Esse trabalho, segundo ele, já está em curso em missões internacionais. A Índia é um dos países que mais impressiona.
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