Com África, América do sul, extremo Oriente e Europa ocidental comprando menos, exportações totais de carne bovina continuam aba

Publicado em 08/06/2017 14:27

Embora boa parte dos países integrantes dos 20 maiores importadores da carne bovina brasileira estejam elevando suas compras a níveis próximos da normalidade dos últimos anos, e a China continue avançando, no total geral as exportações do produto in natura e processada continuam com movimentação inferior às de 2016, ano em que também não cresceram. Boa parcela deste resultado ainda é reflexo da operação “Carne Fraca”, que mexeu com profundidade na imagem do produto brasileiro no exterior, demonstrando que a recuperação deverá ser mais lenta do que o setor esperava. É o quarto mês consecutivo de queda nas vendas externas, já que apenas em janeiro as exportações superam o mesmo mês de 2016.

Os números finais de maio divulgados nesta semana pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), através da SECEX/DECEX e compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), apontam uma comercialização de 113.414 toneladas em maio contra 126.275 toneladas em maio de 2016, queda de 10% no volume. Nas receitas a queda foi menor, de 5%, com alguma recuperação de preços, chegando a US$ 465,7 milhões contra US$ 490,7 milhões em 2016. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano as vendas alcançaram 533.670 toneladas (-10%) contra 591.753 em 2016. Nas receitas, a queda é de -6%: de US$ 2,257 bilhões em 2016 contra US$ 2,127 bilhões em 2017.

Por continentes, a África reduziu suas compras de 117.136 toneladas em 2016 para 55.304 toneladas em 2017, culpa principalmente do Egito que vive uma crise de divisas. A América do Sul reduziu de 40.657 toneladas para 26.506 toneladas, o que pode ser explicado pelo completo desaparecimento da Venezuela das estatísticas, país que já figurou entre os cinco maiores importadores brasileiros. A Europa Ocidental continua com seus receios depois da “Carne Fraca” e reduziu suas compras de 48.304 toneladas para 39.956 toneladas, enquanto que o Extremo Oriente caiu de 209.299 toneladas em 2016 para 200.940 toneladas em 2017, indicando que há muito trabalho a se fazer para reconquistar mercados.

A boa notícia é que o Leste europeu, capitaneado pela Rússia, que já foi o maior importador do produto brasileiro, aumentou suas compras de 57.224 toneladas em 2016 para 65.005 em 2017 nos cinco primeiros meses do ano. E que lentamente os Estados Unidos começam a se tornar importante nos números: a América do Norte saiu de uma importação de 14.080 toneladas em 2016 para 23.555 toneladas em no mesmo período de 2017, ou seja, mais 67%. O Oriente Médio, onde a Arábia Saudita aparece com bom crescimento, também ajudou: de 80.912 toneladas em 2016 subiu para 100.652 toneladas em 2017. Ou seja: o setor vai conviver com boas e más notícias durante algum tempo ainda.

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Fonte:
Abrafrigo

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