Com recompras, café arábica sobe mais de 300 pts nos principais vencimentos em NY
O mercado do café encerrou a sessão desta segunda-feira (5) na Bolsa de Nova York (ICE Futures Group) com mais de 300 pontos de alta nos principais vencimentos. Este movimento, em grande parte, é fruto de recompras.
O vencimento julho/17 encerrou com alta de 305 pontos, a 128,60 cents/lb. O vencimento setembro/17 apresentou a mesma alta, a 130,95 cents/lb. Para dezembro/17, alta de 300 pontos, a 134,45 cents/lb e alta de 300 pontos também no vencimento março/18, a 137,90 cents/lb.
De acordo com o analista Anilton Machado, da Origem Corretora, em boletim divulgado na tarde de hoje, o dia foi marcado por recompras, decorrência de um mercado sobrevendido e com fundos aumentando sua carteira líquida de posições vendidas.
Jack Scoville, da Price Futures Group, aponta que essa mudança ocorreu mesmo com um dólar mais valorizado em relação ao real. A demanda, por sua vez, permanece fraca, já que a maioria dos torrefadores não estão entrando no mercado.
Entretanto, os primeiros lotes de café que chegam ao mercado vêm chamando a atenção por seu alto número de grãos brocados.
O dólar fechou com alta de 1%, como aponta a Reuters, com investidores cautelosos um dia antes de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começar o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, que pode culminar na saída do presidente. A cotação chegou a R$3,2881 na venda, maior nível desde 18 de maio. Na máxima da sessão, a moeda americana chegou a bater R$3,2961.
Mercado interno
No mercado interno, as principais praças permaneceram estáveis ou apresentaram variações positivas expressivas.
O café tipo 4/5 apresentou maior cotação em Franca (SP), com variação positiva de +2,17%. Poços de Caldas (MG) também teve uma variação positiva de +2,88%, sendo cotado a R$465,00, enquanto Varginha (MG) permaneceu sem variação.
Para o café tipo cereja descascado, o maior preço é visto em Guaxupé (MG), a R$510,00, com variação positiva de +3,03%. Varginha (MG) também teve uma variação positiva expressiva, de +5,31%, a R$505,00.
Já no café tipo 6 duro, a maior cotação vista, de R$460,00, incide sobre as praças mineiras de Guaxupé, Araguari e Varginha, sobre Franca (SP) e sobre o oeste da Bahia. Poços de Caldas (MG) também teve variação positiva expressiva, de +2,49%, chegando a R$452,00.
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