Acrissul pede redução de tributos para amenizar impactos na pecuário do MS

Publicado em 01/06/2017 07:44

A Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) solicitou a redução de tributos ao governo do Estado. O assunto foi tratado em reunião realizada ontem, na sede da associação, que contou com a participação do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e do secretário de Governo, Eduardo Riedel. Azambuja, assim como dois ex-governadores (André Puccinelli e Zeca do PT), foi citado em esquema de troca de propina por incentivos fiscais pela JBS e, recentemente, em outra denúncia de cobrança de propina de empresários, donos de unidades frigoríficas e fábricas de couro.

Conforme o presidente da Acrissul, Jonathan Barbosa, a reunião teve como principal objetivo discutir as denúncias recentes  apresentadas em delação premiada de Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, e possíveis propostas para reverter os impactos gerados no mercado. “O governador Reinaldo Azambuja pôde se explicar e também responder aos questionamentos dos conselheiros e membros da diretoria”. 

Após ouvir as explicações do governador, a categoria apresentou dois pedidos, que deverão ser entregues em formato de requerimento. Em um deles, a classe produtora solicitará a suspensão temporária, por 60 ou 90 dias, do Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul (Fundersul). Já o outro pedido é que se reduza a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para comercialização do gado em pé para estados vizinhos. “Esses dois requerimentos visam ajudar o produtor rural até que essa turbulência se acalme. Seria o caso de o governo ceder um pouco para que, no caso do ICMS, possamos sair das mãos da JBS”, disse Barbosa.

MONOPÓLIO

Segundo Francisco Maia, ex-presidente e atual conselheiro da Acrissul, essa concentração do mercado nas mãos de um único grupo vinha sendo denunciada pela associação desde 2012, que previa os riscos do monopólio da carne. “Todo o mercado está afetado. Trata-se de um grupo que tem 60% os abates, que emprega mais de 25 mil pessoas. Então, os impactos são muitos fortes”. Um dos problemas, explicou, tem sido com a escala de abates. Além de suspender as escalas futuras, a JBS também cancelou a venda do gado à vista. “O que causa desconfiança por parte do produtor”, destacou.

Leia a notícia na íntegra no site Correio do Estado.

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Correio do Estado

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