Temer quer usar falta de consenso para substitui-lo e negociar 'sobrevida'
O Palácio do Planalto vai se aproveitar da falta de consenso em torno da sucessão de Michel Temer para negociar com aliados uma "sobrevida" ao governo, condicionada à aprovação das reformas e à retirada do peemedebista da cena política de 2018.
Nos últimos dias, auxiliares do presidente abriram diálogo com os principais articuladores de eleições indiretas, que seriam convocadas caso Temer seja cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), no início de junho.
A avaliação é de que os movimentos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB), José Sarney (PMDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não estão "maduros" e que não haverá, nesses grupos, um acordo que permita a construção de um nome comum para a Presidência.
É na falta de entendimento de agentes –que Temer tem chamado de "conspiradores"– que o Planalto vai apostar para ganhar tempo e tentar recuperar musculatura para as votações no Congresso.
Desde a semana passada, quando foram divulgados os detalhes da delação da JBS que implicam Temer, partidos da base aliada e da oposição começaram a articular a substituição do presidente por eleições indiretas.
Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.
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