Milho acaba a terça em estabilidade na CBOT, com o mercado em 'paradeira'
Os negócios com o milho na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça (16) enfrentaram a falta de indicadores que ajudassem a mostrar alguma direção. Nem os fundos de hedges entraram no mercado para forçar algum rally, como vinham fazendo na semana passada.
O fechamento ficou com variação zero no bushel de julho, cotado a US$ 3,67, enquanto o setembro e dezembro ficaram positivo em 0,25%, de US$ 3,75 a US$ 3,85.
Deanna Hawthorne-Lahre, da StatFutures, nota paradeira, com os operadores hora testando uma coisa, hora outra, sendo que todas as últimas que impulsionaram os negócios não vinham com fundamentos fortes: das chuvas que paralisaram o plantio em algumas regiões (embora se esperava a volta do tempo bom, como ocorreu, e se sabia que os americanos conseguiriam avançar mesmo com a menor janela disponível) aos relatórios do USDA.
Marlos Correa, analista da InSoy Commodities, acredita que o mercado em Chicago vai levar nesse banho-maria até o fim do plantio americano. Apesar de que problemas pontuais podem começar a aparecer e colocar um pouco mais de pressão, como foi o caso das chuvas.
Físico
O analista da InSoy, de Cascavel, lembra que os compradores agora compram só o da mão para a boca, esperando que virá mais pressão à frente com a safrinha e a cada dia sem frio intenso e geadas, se confirmando boa segunda safra. E as exportações não puxam o mercado disponível porque o dólar não ajuda.
“Hoje Paranaguá não liquida mais que R$ 28,00 a R$ 28,50 para entrega agosto e pagamento em setembro e liquidando no interior entre R$ 21,00 a R$ 22,00”, explica Marlos Correa.
BM&F Bovespa
Na bolsa de São Paulo o reflexo é a falta de negócios, com o futuro de setembro a R$ 26,80, -0,04%, e o novembro, sobre pressão da quase entrada da colheita de verão, em -1,12%, R$ 27,26.
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