China lança 'projeto do século' no centro de uma nova ordem econômica

Publicado em 15/05/2017 08:17

O presidente da China, Xi Jinping, apresentou neste domingo (14) uma visão abrangente de uma nova ordem econômica global, posicionando seu país como alternativa aos EUA voltados para seu próprio interior sob a Presidência de Donald Trump.

Cercado por líderes autocráticos da Rússia e Ásia Central em um fórum em Pequim, Xi prometeu mais de US$ 100 bilhões para bancos de desenvolvimento na China, algo que, segundo disse, será a ponta de lança de gastos enormes com infraestrutura em toda a Ásia, Europa e África. Os líderes das grandes democracias ocidentais se fizeram notar por sua ausência do fórum.

Sem falsa modéstia em relação ao plano, Xi descreveu como "este projeto do século" a iniciativa, conhecida como "One Belt, One Road" (um cinturão, uma rota). Baseado em investimentos liderados pela China em pontes, ferrovias, portos e energia em mais de 60 países, o programa forma a espinha dorsal da agenda econômica e geopolítica da China.

Em uma virada nova para a China, que normalmente sempre viu com ceticismo os programas sociais do Banco Mundial, Xi disse que a iniciativa vai combater a pobreza nos países que receberão os investimentos. Ele prometeu entregar assistência alimentar emergencial e disse que a China vai começar "cem projetos contra a pobreza", embora não tenha dado detalhes sobre eles.

Leia a notícia na íntegra no site da Folha de S. Paulo

China promete US$ 124 bilhões para nova "rota da seda"

LOGO REUTERS

Por Brenda Goh e Yawen Chen

PEQUIM (Reuters) - O presidente chinês, Xi Jinping¸ prometeu neste domingo 124 bilhões de dólares em seu novo plano para a Rota da Seda, com o objetivo de forjar um caminho para a paz, inclusão e livre comércio, e pediu que os antigos modelos baseados em rivalidade e jogos de poder diplomático fossem abandonados.

Xi usou uma conferência sobre a iniciativa, da qual participaram líderes e importantes autoridades do mundo todo, para impulsionar as ambições de liderança global da China, enquanto o presidente norte-americano, Donald Trump, promove a política de “América em primeiro lugar” e questiona a existência dos acordos de livre comércio globais.

“Nós deveremos construir uma plataforma aberta de cooperação e apoiar e ampliar uma economia global aberta”, disse Xi na abertura do encontro de dois dias em Pequim.

A China tem promovido o que chama formalmente de iniciativa Cinturão e Rota como uma nova maneira de impulsionar o desenvolvimento global desde que Xi revelou o plano em 2013, com o objetivo de expandir as conexões entre Ásia, África, Europa e além, sustentadas por bilhões de dólares em investimentos de infraestrutura.

Xi disse que o mundo deve criar condições que promovam o desenvolvimento aberto e encorajem a construção de sistemas de “comércio global e regras de investimentos livres, razoáveis e transparentes”.

Líderes de 29 países participaram do fórum, assim como os diretores das Nações Unidas, Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial.

O ministro das finanças da Inglaterra disse durante a conferência que seu país era um “parceiro natural” na nova rota da seda.

Reuters: Presidente da China se diz confiante com futuro da nova "Rota da Seda"

PEQUIM (Reuters) - O presidente da China, Xi Jinping, disse nesta segunda-feira estar confiante no futuro da iniciativa Cinturão e Rota, seu novo plano para forjar um caminho de paz, inclusão e livre comércio para o mundo, começando com a Eurásia.

Uma estrada para a "paz e prosperidade" pode ser alcançada se todos os envolvidos fizerem esforços conjuntos, embora o empreendimento ainda tenha um longo caminho pela frente, disse Xi a repórteres em Pequim, ao fim de uma reunião de dois dias sobre a iniciativa.

A próxima reunião do projeto Cinturão e Rota acontecerá em 2019, disse.

(Reportagem de Ben Blanchard)

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Fonte:
Folha de S. Paulo + Reuters

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1 comentário

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Todos os discursos dos lideres populistas comunistas tem como objeto o combate a pobreza, a paz, a liberdade, a prática no entanto sempre é muito diversa do que dizem.

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