Café arábica fecha semana com alta de 1,7% e acima de US$ 1,35/lb na Bolsa de Nova York
Após fechar em baixa em apenas um dia dessa semana, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registraram valorização acumulada de pouco mais de 1,70% no vencimento julho/17, referência de mercado, que saiu de 133,40 cents/lb na última sexta-feira para 135,70 cents/lb hoje (28). O mercado avança em ajustes após quase ficar abaixo de US$ 1,30 por libra-peso nos últimos dias e com operadores de olho no câmbio e clima no Brasil.
Nesta sexta-feira, o contrato maio/17 anotou 133,10 cents/lb com valorização de 40 pontos, o julho/17, referência de mercado, registrou 135,70 cents/lb com 75 pontos positivos. Já o vencimento setembro/17 encerrou o dia com 138,00 cents/lb e avanço de 70 pontos e o dezembro/17, mais distante, subiu 70 pontos, fechando a 141,50 cents/lb. Esse avanço vem depois de queda na véspera, quando o mercado demonstrou fraqueza ao testar patamares mais altos.
Na sessão de hoje, o mercado seguiu o mesmo movimento visto em quase todas as sessões da semana, com recompras de fundos sendo vistas depois que os vencimentos quase perderam o patamar de US$ 1,30/lb na semana passada diante de consecutivas quedas. "Após atingir as mínimas dos últimos meses na semana passada, as cotações vem aos poucos tentando recuperar o espaço perdido", disse em relatório durante a semana o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.
Na véspera, a ICE chegou a demonstrar fraqueza porque as cotações encontraram resistência na marca de US$ 1,37/lb, segundo agências internacionais de notícias, embora baixos volumes sinalizassem uma fraca convicção do movimento.
De acordo com a trader sul-africana I&M Smith, os mercados do café arábica e robusta seguem em alta ainda que "não haja atualmente nenhum fator fundamental para elevar e apoiar os mercados, mas não há dúvida de que este é um ano de déficit global no fornecimento de café". A empresa acrescenta que esse fator poderá, provavelmente, apoiar o grão e manter algum grau de oscilação nos preços.
A colheita do café arábica da safra 2017/18 já começou em algumas áreas produtoras do Brasil, ainda que não expressivamente. Os trabalhos devem ganhar mais ritmo nos próximos meses. Já há relatos de colheitas sendo realizadas no Sul de Minas Gerais, maior região produtora do grão no país, e Cerrado Mineiro. No cinturão produtivo de café conilon (robusta), a colheita também já começou.
De acordo com a meteorologista da Climatempo, Josélia Pegorim, entre os dias 04 e 08 de abril, não há expectativa de muita chuva para as áreas de café de Minas Gerais. Com relação à temperatura, o ar polar que acompanha a frente fria não deve chegar com força ao Brasil. Por isso, até o dia 10/04 não há perspectiva de frio intenso para as áreas cafeeiras. As informações são da Climatempo.
Mercado interno
Nos últimos dias, seguem isolados os negócios nas praças de comercialização do Brasil, com isso os preços do arábica tiveram ligeira alta na última semana, de acordo com informações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP). Segundo pesquisadores do centro, a proximidade da colheita da temporada 2017/18 e as novas quedas externas na maior parte da semana passada afastaram produtores de arábica do mercado.
No fechamento semanal, prevaleceu o campo misto nas praças de comercialização verificadas pelo Notícias Agrícolas.
O tipo cereja descascado anotou maior variação na semana em Guaxupé (MG) com alta de 3,52% (+R$ 17,00), encerrando a R$ 500,00 a saca. As cidades de Guaxupé (MG) e Espírito Santo do Pinhal (SP) (estável) tiveram o maior valor de negociação dentre as praças no período com saca a R$ 500,00.
No tipo 4, a maior variação na semana foi registrada em Varginha (MG) com valorização de 3,30% (+R$ 15,00) e saca a R$ 470,00. A cidade com maior valor de negociação na semana foi Poços de Caldas (MG) com R$ 473,00 e queda de 0,42% (-R$ 2,00).
O tipo 6 duro teve maior oscilação na semana em Araguari (MG) com alta de 4,49% (+R$ 20,00) e R$ 465,00 a saca. A praça com maior valor no período foi Oeste da Bahia com saca a R$ 475,00 e avanço de 1,06% (+R$ 5,00) no período.
Na quinta-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 455,62 com queda de 0,97%.
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