Café: Bolsa de Nova York volta a cair nesta 4ª em movimento técnico e com pressão do câmbio

Publicado em 26/04/2017 14:12

Após iniciarem o dia em alta, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a cair nesta tarde de quarta-feira (26) e o julho/17 está próximo de perder o patamar de US$ 1,30 por libra-peso. O mercado recua acompanhando indicadores técnicos e câmbio, mas também segue a tendência vista nos últimos dias com liquidação dos fundos.

Por volta das 14h07 (horário de Brasília), o contrato maio/17 registrava 129,75 cents/lb com queda de 15 pontos, o julho/17, referência de mercado, estava cotado a 131,75 cents/lb com recuo de 65 pontos. Já o vencimento setembro/17 caía 65 pontos, a 134,15 cents/lb, e o dezembro/17, mais distante, também tinha desvalorização de 65 pontos e estava sendo negociado a 137,70 cents/lb.

Às 13h59, o dólar comercial avançava 1,65%, vendido a R$ 3,2035, acompanhando o cenário externo e a perspectiva dos investidores com o andamento das reformas no país, após o governo sofrer derrota no Congresso Nacional. A moeda estrangeira mais alta em relação ao real tende a dar maior competitividade às exportações da commodity.

"Após quatro pregões consecutivos de queda o dia foi de recompras em função de ajuste de carteiras por parte de fundos e especuladores. O mercado segue sem novidades fundamentais que possam trazer emoção aos envolvidos", disse em relatório na terça o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.

Para ele, dois fatores podem movimentar o mercado nos próximos dias. A safra brasileira de 2017, que começa a ser colhida nos próximos meses, e a mudança no clima, com a chegada do frio nas principais origens produtoras do grão no país. Esse temor com o frio ocasiona cobertura de posição na Bolsa, segundo o analista.

Para o presidente da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), Carlos Paulino, o mercado caiu nos últimos dias se antecipando com o que para os especuladores será uma supersafra, mas que isso é antecipado. "Pode haver risco de geadas e seca em setembro ou janeiro e fevereiro. Então essa supersafra que já estão especulando para 2018 é muito especulativa", disse.

No Brasil, seguem isolados os negócios com café ainda que os preços tenham reagido em algumas praças de comercialização nos últimos dias. Também por volta das 09h41, o tipo 6 duro era negociado a R$ 465,00 a saca de 60 kg em Patrocínio (MG) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 455,00 a saca e em Espírito Santo do Pinhal (SP) estava sendo cotado a R$ 450,00 a saca.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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