Governo avalia fim de abono salarial e isenção a universidades para compensar mudanças na reforma da Previdência

Publicado em 12/04/2017 14:36 e atualizado em 12/04/2017 15:07

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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O líder do governo no Senado, Romero Jucá, afirmou nesta quarta-feira que o governo estuda mudanças em benefícios dentro da reforma da Previdência para compensar as flexibilizações a serem feitas em acordo com o Congresso, entre elas alterações no pagamento do abono salarial e o fim da isenção para universidades filantrópicas.

"Se há poucos recursos, o governo tem que ir buscar onde vai se fazer mais justiça social", disse Jucá em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto. "Vai se discutir é melhor dar abono ou melhor dar um salário mínimo para quem tem Benefício de Prestação Continuada?"

Criado na década de 1970, o abono é um salário mínimo pago todos os anos a trabalhadores que estejam há pelo menos cinco inscrito no PIS e tenham recebido um salário médio de até dois salários mínimos. Setores do governo avaliam que o abono não tem mais sentido com a revalorização do salário mínimo, mas o impacto negativo entre a população do fim do benefício entra na conta do governo.

O fim da isenção da cota patronal para as universidades filantrópicas também está sendo avaliado, segundo Jucá. A medida já estava no radar do relator da Reforma da Previdência, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), mas ainda não tinha sido fechada com o governo. Agora, com as mudanças que terão de ser feitas para agradar o Congresso, passaram a ser consideradas.

"Tem universidades que não pagam a cota patronal. Em um momento desses, as universidades que tem avião, altos salários, eles devem não pagar?", questionou Jucá.

As compensações foram discutidas na noite de terça-feira em uma reunião com o presidente, mas ainda não está fechado que medidas serão incluídas na reforma.

"Temos que ter compensações. Estamos fazendo uma reforma que não é para resolver o problema. Quem disse que é para Previdência está equivocado. Não viu os números", afirmou o Senador.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

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Fonte:
Reuters

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