Café: Após quatro quedas seguidas, Bolsa de NY reage tecnicamente nesta 2ª e volta a se aproximar de US$ 1,40/lb
Após operarem do lado vermelho da tabela durante a maior parte da sessão desta segunda-feira (27), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam o dia com alta de cerca de 150 pontos nos principais vencimentos, em suporte técnico, e voltaram a ficar mais próximas do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.
O contrato maio/17, referência de mercado, anotou 139,20 cents/lb com valorização de 160 pontos, o julho/17 registrou 141,55 cents/lb com 155 pontos positivos. Já o vencimento setembro/17 encerrou o dia com 143,90 cents/lb com avanço de 150 pontos e o dezembro/17, mais distante, também subiu 150 pontos, fechando a 147,20 cents/lb.
Apesar do fechamento positivo na sessão de hoje, o analista de mercado e diretor da Comexim, nos Estados Unidos, Rodrigo Costa, não acredita em mudança de cenário nas cotações da variedade. "É um fechamento com uma tentativa de recuperação, que saiu da mínima, mas a gente ainda continua abaixo de 140,00 centavos e precisa de mais alguns pontos para cima", afirma.
Segundo Costa, a disponibilidade do grão está melhor nos principais destinos e os estoques dão sinais de recuperação, o que enfraquece as chances de uma consolidação do campo positivo no médio-prazo. "Tem bastante oferta sendo feita a diferenciais relativamente baratos", ressalta.
O mercado do café arábica na ICE fechou em baixa nas últimas quatro sessões. No acumulado da semana passada, a queda nas cotações foi de mais de 3% (400 pontos) com os principais vencimentos perdendo o patamar de US$ 1,40/lb.
Além da parte gráfica, nos últimos dias, o cenário macroeconômico também pesou bastante para o café arábica com uma aversão ao risco que prejudicou também a evolução de outras commodities. O dólar comercial fechou a sessão desta segunda com alta de 0,68%, a R$ 3,1294 na venda, após a derrota de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, no Congresso em projeto de lei que visava revisar o sistema de saúde no país.
"A derrota de Trump traz imprevisibilidade ao mercado", disse o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello, destacando que as divisas mais ligadas às commodities são as que mais sofrem.
Mercado interno
Os negócios com café estão lentos nas praças de comercialização do Brasil. Há um distanciamento na oferta e no desejo do produtor pela vende de sua produção. "Nessa base de preço, quem ainda tem café, prefere não vender", afirma o analista do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes. Em 2016, produtores brasileiros venderam seus cafés por patamares mais altos que os vistos atualmente.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação no dia em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 530,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,17% e saca a R$ 518,00.
O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com 540,00 a saca e alta de 0,93%. A maior oscilação no dia dentre as praças foi registrada em Franca (SP) com queda de 3,92% e saca a R$ 490,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação no Oeste da Bahia com saca a R$ 492,25 e queda de 1,01%. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) que teve alta de 2,12% e saca cotada a R$ 482,00.
Na sexta-feira (24), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 472,83 com queda de 1,91%.
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