Na Bolsa de Chicago, milho reduz perdas, mas mantém tom negativo no pregão desta 5ª feira
Durante o pregão desta quinta-feira (23), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) permanecem do lado negativo da tabela. Os futuros do cereal exibiam perdas de 1 ponto, perto das 12h12 (horário de Brasília). O contrato maio/17 era cotado a US$ 3,57 por bushel, enquanto o julho/17 trabalhava a US$ 3,65 por bushel. O setembro/17 era negociado a US$ 3,72 por bushel.
Segundo dados das agências internacionais, o mercado segue sem novidades e, portanto, ainda opera de maneira técnica. Como fator negativo, as cotações ainda sentem a pressão da grande safra na América do Sul, o que pode afetar as exportações de milho dos Estados Unidos nesta temporada.
Ainda nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu novo boletim de vendas para exportação. No caso do milho, as vendas ficaram em 1.474,1 milhão de toneladas na semana encerrada no dia de 16 de março.
Do total, cerca de 1.347 milhão de toneladas são referentes à temporada 2016/17 e o restante, de 127,1 mil toneladas, da safra 2017/18. O volume indicado ficou dentro das perspectivas dos investidores que estavam entre 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas do cereal.
Contudo, a Granoeste Corretora de Cereais reportou que "algum suporte é promovido pelas especulações sobre a redução de área no ciclo 2017/18 nos EUA, cujo plantio começa no mês de abril. O relatório de primeira intenção de plantio será divulgado na sexta-feira-feira da próxima semana".
BM&F Bovespa
Já na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho trabalham em queda na sessão desta quinta-feira. Perto das 12h20 (horário de Brasília), os primeiros contratos da commodity recuavam entre 0,58% e 0,97%. O maio/17 trabalhava a R$ 28,50 a saca. Apenas o novembro/17 apresentava leve alta, de 0,89%, negociado a R$ 28,25 a saca.
Além das influências de Chicago e do dólar, os analistas destacam que os preços ainda direcionados pela oferta no Brasil. A chegada da primeira safra de milho no mercado e também pela perspectiva de uma segunda safra recorde.
Paralelamente, o setor ainda observa com cautela os possíveis impactos da Operação Carne Fraca no mercado, principalmente na demanda vinda do setor de rações.
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