Desempenho do crédito rural atinge 47% na safra 2016/2017
A contratação de recursos do crédito rural da atual safra continua crescendo, tanto os destinados ao custeio e à comercialização (R$ 70,67 bilhões) quanto os de investimento (R$ 16,3 bilhões). O financiamento à agricultura empresarial, entre julho do ano passado e o mês de fevereiro, alcançou R$ 87 bilhões, ou seja 47%, do volume programado no Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017, de R$ 183,85 bilhões. Os dados são da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Houve redução no número de operações de custeio e aumento nas de comercialização, ficando praticamente inalterado o montante de investimentos, em relação ao mesmo período na safra anterior. Os financiamentos de custeio apresentaram redução de 10%, o que se deve ao fato do custo de produção ter sido financiado, em valor de aproximadamente a R$ 10 bilhões, a título de pré-custeio.
Do mesmo modo, em janeiro último, o Banco do Brasil e o Mapa anunciaram que, até o final de junho próximo, estão disponibilizados R$ 12 bilhões para os financiamentos de pré-custeio, referentes à safra 2017/18.
Os financiamentos de custeio a juros livres, no entanto, cresceram 80%, atingindo R$ 10,6 bilhões, ante R$ 5,9 bilhões, em igual período da safra anterior. Segundo a Secretaria de Política Agrícola (SPA), o desempenho é explicado pela contribuição dos recursos oriundos da emissão de LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), direcionados para o crédito rural, no montante de R$ 10,5 bilhões, sendo R$ 8 bilhões para custeio, R$ 2 bilhões para comercialização e R$ 675 milhões para comercialização e industrialização. Os recursos da LCA aplicados no crédito rural a taxas favorecidas somaram R$ 5,77 bilhões e as aplicações a taxa livre se situaram em R$ 4,78 bilhões.
No que se refere à participação das instituições financeiras no financiamento de custeio na atual safra, em relação a igual período da safra anterior, os bancos públicos apresentaram redução, seja em termos de recursos controlados (-32%) ou livres (-27%), e os bancos privados (17%) e os bancos cooperativos (21%) aumentaram suas participações.
Os financiamentos para investimentos aumentaram 3,7%, atingindo R$ 16,3 bilhões, o que sinaliza um processo de recuperação liderado pelos investimentos realizados pelo Pronamp na aquisição de tratores agrícolas e implementos associados e colheitadeiras (PSI/Moderfrota), cujas contratações aumentaram 94% e 150%, respectivamente.
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