Melhoria genética do trigo brasileiro diminui necessidade de importação e traz novas alternativas de cultivo para produtor
O diretor da Biotrigo Genética, André Cunha Rosa, conversou com o Notícias Agrícolas no estande da Fertiláqua durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). A Biotrigo é responsável por 90% da genética de todo o trigo utilizado nas lavouras do Brasil que, ano após ano, melhora sua qualidade e também os níveis de produtividade.
Rosa destaca que os estudos em genética do campo e qualidade vêm avançando. O trigo brasileiro era de genética inferior, mas, na safra passada, bateu recorde de produtividade, com a qualidade também atendendo ao que a indústria precisa.
Além disso, ele também aponta que "o agricultor precisa entender o trigo como importante no sistema dele". Ele destaca a necessidade da rotação de culturas e de cuidado com os produtos utilizados para ajudar a melhorar a liquidez.
Os moinhos também precisam que o trigo faça um bom pão, um bom biscoito. "Se o produtor não tiver esse produto, em geral, não vai atender o moinho", diz.
A Biotrigo apresenta também algumas novidades em genética. O último lançamento, o TBIO Toruk, foi responsável por aumento de produtividade, que chegou acima das 100 sacas por hectare em várias áreas, mas exigiu um manejo melhor e um investimento em adubação hidrogenada. Para a próxima safra, a Biotrigo lança também o TBIO Sossego, que permitirá um menor investimento por parte do produtor e um manejo mais tranquilo, já que o produto é resistente à maioria das doenças.
Juntamente à rotação de culturas, Rosa destaca o cuidado em se pensar em agricultura a longo prazo, com atenção também para o trabalho de perfil de solo. Para aquelas áreas que sofrem mais com o plantio do trigo para a moagem, ele ainda aponta a importância de se produzir trigo para silagem para ter produtos com valor agregado.
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