Milho já se prepara para o boletim do USDA e fecha pregão desta 2ª feira com leve queda na CBOT
O pregão desta segunda-feira (6) foi negativo aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Depois de iniciaram o dia em campo positivo, as cotações do cereal voltaram a trabalhar em queda e finalizaram a sessão com perdas entre 1,50 e 2,25 pontos. O vencimento março/17 era cotado a US$ 3,72 por bushel, enquanto o maio/17 operava a US$ 3,78 por bushel.
De acordo com dados dos sites internacionais, os participantes do mercado já começaram a se posicionar para o próximo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O relatório será divulgado na próxima quinta-feira (9).
Paralelamente, a questão do mandato de Combustíveis Renováveis nos Estados Unidos, que deu suporte aos preços na semana anterior, continua em pauta. Outro foco dos participantes do mercado é a nova safra americana e área que será realmente cultivada com o cereal nesta temporada.
Já os embarques semanais de milho somaram 1.444,972 milhão de toneladas, na semana encerrada no dia 2 de março, conforme dados do USDA. O número ficou acima do esperado pelos investidores entre 990 mil a 1,3 milhão de toneladas.
No total acumulado da temporada, os embarques do cereal somam 27.358,327 milhões de toneladas. O volume está bem acima do registrado no mesmo período do ano anterior, de 15.738,551 milhões de toneladas.
Mercado brasileiro
Mais uma vez, o início de semana foi de leve movimentação aos preços do milho praticados no mercado brasileiro. Em Londrina e Cascavel, ambas praças do Paraná, a queda foi de 2,00%, com a saca do cereal a R$ 24,50. Já em Rio do Sul (SC), a perda ficou em 1,85%, com a saca a R$ 26,50.
Em Rio Verde (GO), o valor cedeu 1,75%, com a saca a R$ 28,00. Ainda no estado paranaense, em Ubiratã e Pato Branco, a perda foi de 1,22%, com a saca a R$ 24,20. No Oeste da Bahia, a saca subiu 0,69% e fechou o dia a R$ 36,25. As demais praças mantiveram a estabilidade, conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes.
Segundo dados do Cepea, reportados nesta segunda-feira, os preços continuam pressionados negativamente, principalmente nas localidades onde a colheita avançou. E, consequentemente, há maior disponibilidade do cereal.
"Já em algumas praças, principalmente as demandantes como as paulistas, os valores apresentaram certa sustentação, refletindo a oferta ainda restrita e a entrada pontual de compradores. Além disso, a colheita da safra verão mais tardia, o menor excedente doméstico no primeiro semestre e a disponibilidade restrita de caminhões para viagens interestaduais também reduzem a pressão do comprador paulista", destacou em nota.
BM&F Bovespa
Na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho fecharam o dia em campo positivo. As principais posições do cereal subiram entre 0,13% e 0,94% no pregão desta segunda-feira. O março/17 era cotado a R$ 35,82 a saca e o maio/17 a R$ 32,11 a saca.
As cotações acompanharam a valorização do dólar. A moeda norte-americana fechou o dia a R$ 3,1270 na venda, com alta de 0,39%. Conforme dados da Reuters, os investidores estão cautelosos com a cena política no Brasil, mas o cenário externo, com a perspectiva de um aumento na taxa de juros nos Estados Unidos também pesa.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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