México busca reposicionar-se como importante produtor de café no mundo
O México busca recuperar a liderança global que teve com seu café. A tarefa não é simples, já que a produção tem sido afetada por vários anos de baixa produtividade nas plantações e incidência de ferrugem.
A SAGARPA (Secretaria de Agricultura do México) lançou em 2015 um programa para combater esses problemas, que inclui a renovação durante esta administração de 60 mil hectares de plantações de café em 200 milhões de plantas resistentes à ferrugem nos 13 estados produtores do grão com a entrega de pacotes tecnologia, incluindo insumos, como nutrientes e fungicidas; e assistência técnica especializada.
O café emprega mais de três milhões de mexicanos, incluindo atividades de plantio e colheita, e representa o sexto maior produto exportado pelo país, competindo com o Brasil, Colômbia, Vietnã, Etiópia, Guatemala, Honduras, Uganda e Indonésia.
No México, o café apareceu no final do século XVIII, quando foi exportado de Cuba através da costa de Veracruz. Desde então, de acordo com informações do México Desconhecido, fazendas de café passaram por três períodos: desde a sua formação até que foram retomadas em 1942 pelo Estado; em seguida, entre 1942 e 1950, quando eles estavam sob a tutela do governo; e dos anos cinquenta até o presente momento, em que as propriedades foram devolvidas aos indivíduos.
Em 2014, os produtores de café no México sofreram um de seus ciclos mais obscuros porque a ferrugem devastou a safra, reduzindo árvores a esqueletos.
Desde então, muitos produtores da Costa Leste migraram as plantações de arábica mexicano para o robusta, apesar do seu valor mais baixo, em parte porque ele pode resistir melhor ao ataque do fungo.
As plantações de arábica ainda representam a maior parte de café no mundo, mas a sua produção diminuiu em ciclos recentes, de acordo com uma investigação feita pela Reuters.
Um exemplo é a Nestlé, dona da maior fábrica do mundo de café instantâneo na periferia da Cidade do México, cujos especialistas estimam que, até 2020, o México possa ter uma nova etapa de esplendor com a variedade robusta.
* Com informações de Sergio Castañeda.
Tradução: Jhonatas Simião
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