Soja volta a recuar em Chicago e, ao lado do dólar ainda baixo, preços caem nos portos do BR

Publicado em 21/02/2017 12:50

O mercado internacional da soja mudou de direção e voltou a ceder no início da tarde desta terça-feira (21). As posições mais negociadas, por volta de 12h20 (horário de Brasília), perdiam pouco mais de 5 pontos, levando o vencimento maio/17, que é referência para a safra do Brasil, de volta aos US$ 10,37 por bushel.

Enquanto as cotações iniciaram a semana - após o feriado nos Estados Unidos - encontrando suporte nas chuvas do último final de semana na Argentina, a melhora do financeiro e do dólar index acabaram pesando sobre os futuros da oleaginosa, segundo explicam analistas internacionais. 

"O dólar avança diante da ideia de que o Federal Reserve possa, realmente, aumentar as taxas de juros nos EUA de novo em sua reunião que acontece nos dias 14 e 15 de março", explica o analista do portal Farm Futures, Bryce Knorr. 

Segundo explicam analistas internacionais, o retorno das chuvas à Argentina trazem algum suporte ao avanço dos preços ao acenderem novos alertas sobre os efeitos do clima na safra de soja do país. "As chuvas que voltaram à Argentina no último final de semana aumentam os temores de que o potencial da safra seja reduzido", diz a Agritel, em nota. As áreas mais atingidas pelas chuvas dos últimos dias foram o centro e sudeste de Buenos Aires, norte de La Pampa, Chaco, Santiago del Esteto, Entre Rios, Santa Fe e Córdoba. 

Além disso, afirma ainda que o avanço da colheita que supera os trabalhos de campo da safra anterior, apesar do excesso de chuvas em pontos do Brasil, também ajuda a pressionar o mnercado. Em contrapartida, Knorr destaca ainda que as vendas no Brasil seguem 'atrasadas' dada a influência do câmbio que, até o momento, segue desfavorável para a formação dos preços do produto brasileiro. 

"Apesar dos inúmeros problemas econômicos que o país ainda possui, muitos investidores estão apostando em sua recuperação e na possibilidade de que o país supere a performance de outros mercados emergentes", diz o analista. 

No Brasil, nesta terça, a moeda americana sobe levemente e segue próxima dos R$ 3,10. Perto de 12h50, a divisa subia 0,28% para ser negociada a R$ 3,097, e os ganhos, de acordo com especialistas ouvidos pela Bloomberg, são reflexo - como acontece no cenário externo - das perspectivas de uma alta de juros nos EUA. 

"Agora, o mercado vai monitorar principalmente a ata do último encontro do banco central norte-americano", comentou um profissional de câmbio de uma corretora local, referindo-se à divulgação do documento pelo Fed na quarta-feira, informou a agência de notícias. 

Assim, novas baixas são registradas pelas referências da soja nos portos do Brasil nesta terça. O leve ganho do dólar é insuficiente e ainda se defronta com perdas em Chicago. Com isso, no mercado futuro a baixa era de 1,32% para R$ 76,00 por saca e, no disponível, de 0,68% para R$ 72,50. Novos negócios, portanto, seguem parados. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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