CNC coordenará, junto com a CNA, evento com o intuito de atualizar e evoluir a legislação trabalhista no campo
REFORMA TRABALHISTA #A PROPOSTA NO CAMPO — A necessidade de ampla reforma trabalhista é um tema que está diretamente ligado à cafeicultura brasileira, tendo em vista que grande parte de nossos custos de produção são oriundos do emprego de mão de obra.
Entendemos como necessária essa reforma para que possamos atualizar uma legislação antiga dentro do contexto atual de uma economia moderna e competitiva de livre mercado.
No dia 19 de janeiro, coordenamos a primeira reunião de 2017 do Conselho do Agro, avaliando as oportunidades e ameaças na área trabalhista, após fatos ocorridos no fim do ano passado. Como andamento e após reuniões posteriores com a equipe de apoio do Conselho, optamos pela realização, em conjunto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do evento “Reforma Trabalhista #A proposta no campo”.
As atividades serão dividas em duas etapas: pela manhã, haverá pronunciamentos dos presidentes da CNA e do CNC, João Martins e Silas Brasileiro, respectivamente, e do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, além de talk shows, mediados por Alexandre Garcia, uma personalidade de renome na mídia, e, à tarde, salas de debate, oportunidades em que será discutida a necessidade de uma legislação mais adequada à realidade do campo.
As salas de debates também contarão com a participação de assessores de deputados e senadores, que analisarão a reforma trabalhista e poderão se integrar aos técnicos das entidades do setor rural para discutirem as vantagens, desafios e impactos no campo das propostas que tramitam no Congresso Nacional.
O CNC entende que essa será uma grande oportunidade para fazer chegar aos parlamentares o entendimento sobre as condições diferenciadas do trabalho rural. O cronograma e a programação completa do evento serão informadas oportunamente.
LIBERAÇÕES DO FUNCAFÉ — A liberação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2016 totaliza R$ 3,652 bilhões até o momento, ou 79,28% do total de R$ 4,606 bilhões contratados pelos agentes financeiros (vide gráfico abaixo – clique para ampliar). Os números fazem parte de material disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Do volume repassado, R$ 1,530 bilhão foram destinados à Estocagem (87,35% do total para essa linha); R$ 772,7 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café – FAC (77,27%); R$ 665,086 milhões para a linha de Custeio (79,81%); R$ 577,611 milhões para as linhas de Capital de Giro (R$ 266,750 mi para Cooperativas de Produção [66,69%], R$ 168,8 mi para Indústrias de Torrefação [56,27%] e R$ 142,039 mi para Indústrias de Solúvel [71,02%]); e R$ 12,731 milhões para Recuperação de Cafezais Danificados (63,66%).
MERCADO — O comportamento do dólar e os indicadores técnicos continuam sendo os principais fatores de influência na formação dos preços futuros do café. O índice externo do dólar sofreu perdas nos últimos dias, mas ainda continua em patamar valorizado, superior a 100 pontos, o que, em tese, desfavorece o mercado das commodities.
No âmbito doméstico, a divisa norte-americana encerrou o pregão de ontem a R$ 3,0841, com perda de 0,8% no acumulado da semana, devido ao fluxo de entrada de recursos estrangeiros. A tendência de fortalecimento do real, por sua vez, impacta negativamente a formação dos preços pagos aos produtores.
Na ICE Futures US, o vencimento março do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,4840 por libra-peso, com discreta alta de 25 pontos em relação ao fechamento da semana passada. O vencimento março do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 2.179 por tonelada, acumulando valorização de US$ 20 frente à última sexta-feira.
No que se refere ao impacto das condições climáticas no desenvolvimento dos cafezais brasileiros, o quadro abaixo (clique para ampliar) resume informações levantadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) junto a agentes do setor, até 10 de fevereiro.
Segundo a Climatempo, para as próximas semanas há previsão de redução do volume de chuvas sobre o cinturão cafeicultor do Brasil. Esse cenário favorece melhora das condições fitossanitárias. A Somar Meteorologia acrescenta que as precipitações sobre o Espírito Santo, embora reduzidas, serão suficientes para minimizar as perdas de umidade do solo.
No mercado doméstico, os negócios continuaram fracos devido à queda dos preços. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 501,31/saca e a R$ 439,16/saca, respectivamente, com variações de -2,2% e -3,8%, em relação ao fechamento da semana anterior.
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