Compradores ofertam até R$130,00/saca por volumes grandes de carioca, mas vendedores preferem aguardar
Nesta semana, o volume de comercialização do feijão carioca foi menor, movimento que já é esperado para essa época do ano, como explica o analista de mercado Marcelo Lüders, da Correpar.
Para os produtores que possuem maior volume, foi possível aproveitar também a oferta de alguns compradores de até R$135 a saca em Minas Gerais e Goiás. No entanto, esse preço geralmente não é aceito pelos demais produtores pois não cobre os custos de produção.
Em conversas entre os produtores, também, foi possível interpretar de que "ficou fácil de vender" a essa faixa de preço em ambos os estados, com compradores abertos para a compra, mas os vendedores começam a buscar o alvo mínimo de R$150 a saca.
De acordo com Lüders, este é considerado o valor ideal, principalmente, por questão de custo. Em algumas determinadas regiões, a média de produtividade também foi cortada pela metade, de 25 a 30 sacas de uma produtividade que deveria ser de 50 sacas. Com isso, este valor é necessário para cobrir a safra dos produtores de feijão carioca.
Em questão de oferta, ele aponta que o melhor momento de todos os feijões está ocorrendo agora, com um pico de oferta, que deve ficar ainda mais acentuado no mês de fevereiro. Por isso, não há uma expectativa de que o mercado, neste momento, possa caminhar acima dos R$170.
Para a segunda safra, o ânimo dos produtores em plantar feijão preto é preocupante, na visão do analista. Para ele, os produtores precisam plantar tendo em mente que o que for colhido no Brasil é o que é consumido durante o ano - e, com a entrada tradicional de feijão preto vinda da Argentina, este mercado pode ficar bastante competitivo.
Ele lembra que este tipo de feijão não possui a necessidade de ser vendido assim que ocorre a colheita. Logo, aconselha os produtores a estarem preparados para que neste momento de concentração de oferta não precisem vender para ter lucro em patamares aceitáveis.
Por outro lado, o feijão preto é um feijão preto. O preço de R$120 a R$110, que ele não vê como um preço ruim para o produtor, pode viabilizar a exportação. "Então, o produtor pode ficar atento a essa possibilidade e levar em consideração esse limite. O preço de exportação acaba sendo um preço mínimo", diz.
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