Milho: Primeiros vencimentos na BM&F fecham a 4ª feira com altas de 2% e apoio do dólar
O mercado do milho na BM&F, nesta quarta-feira (18), fechou em campo misto, com os primeiros vencimentos registrando ganhos expressivos de mais de 2%. O contrato março/17 foi a R$ 35,78, com alta de 2,4%, enquanto o maio/17 fechou com R$ 34,70 por saca e ganho de 2,06%. Na contramão, o setembro/17 recuou 0,06% e o novembro/17, 0,35% e as últimas referências ficaram em R$ 31,48 e R$ 31,50 por saca.
Embora atuando com ganhos bem mais expressivos, o mercado parece ter acompanhado a alta do dólar observada nesta quarta, com a moeda subindo 0,21% para chegar aos R$ 3,2190. Na máxima do dia, porém, a divisa alcançou os R$ 3,2314 e, segundo especialistas ouvidos pela agência de notícias Reuters, motivada pelo cenário externo.
"O mercado está propenso à alta do dólar por causa da possibilidade de maior risco à frente, há um movimento de hedge pelos investidores", destacou o operador da Ourominas Corretora Maurício Gaioti à agência de notícias, referindo-se ao futuro presidente norte-americano, que toma posse nesta sexta-feira.
Leia mais:
>> Dólar fecha em alta ante real acompanhando exterior
No mercado interno, a maior parte das principais praças de comercialização encerrou o dia com estabilidade e poucas mudanças entre os preços. A exceção ficou por conta de Campo Grande/MS, onde o valor cedeu 7,41% para R$ 25,00 por saca, e Assis/SP, com baixa de 7,17% para R$ 28,50.
Como explica o analista de mercado e economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, as indústrias seguem recuadas nestes últimos dias - estando bem abastecidas - e com produto ainda da última safrinha disponível, as referências já perderam cerca de R$ 3,00 por saca.
"As primeiras colheitas da safra de verão chegam ao mercado, mas os negócios estão muito parados", diz. "O negócio agora é sabermos se essa oferta vai conseguir fazer uma ponte até a safra de inverno e, caso isso aconteça, os preços podem cair de forma mais substancial", completa Motter.
Ainda nesta quarta-feira, a última referência para o milho no porto de Paranaguá foi de R$ 30,50 por saca, encerrando o dia com estabilidade.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago, as cotações terminaram o pregão com estabilidade. As posições mais negociadas encerraram o dia com pequenas baixas de 0,50 e 0,75 ponto, levando o maio/17 a US$ 3,72 e o julho/17 com US$ 3,79 por bushel.
Como explicam analistas, entre os fundamentos do milho há poucas novidades no mercado internacional, com a boa oferta ainda exercendo uma pressão considerável sobre as cotações e o quadro climático da América do Sul - especialmente as chuvas excessivas na Argentina - pesando menos sobre os futuros do cereal em relação ao que pesam sobre a soja.
"O milho nas áreas de cheia estão mais altos e, muito do que foi plantado mais tarde está concentrado no norte da Argentina, onde há áreas livres das inundações", explica o consultor internacional Michael Cordonnier. Além disso, ainda de acordo com especialistas internacionais, "não há indicativos de que a safra 2017 será menor do que a do ano passado".
0 comentário
Quebra do ciclo da praga e foco nas ninfas pode garantir melhores resultados no combate à cigarrinha do milho e mitigar efeitos do enfezamento
Após começar o dia com leves altas, milho passa a recuar na B3 e em Chicago nesta 3ª feira (26)
Milho abre em alta nesta 3ª feira (26) na B3 após longa sequência de baixas
Radar Investimentos: O mercado de milho entra na reta final de 2024 com sinais de enfraquecimento
Preço do milho recua até 1,1% nesta segunda-feira e emenda oitavo pregão seguido de desvalorização na B3
Exportação diária de milho em nov/24 é 33% menor do que em nov/23; volumes para dezembro devem ser ainda mais baixos