Em Córdoba, na Argentina, inundações castigam os produtores
O calor intenso da última semana na província de Córdoba, na Argentina - 45°C de sensação térmica no último sábado, com 42°C de temperatura - e as chuvas de ontem e hoje aprofundaram os problemas nos campos e granjas da zona de Alicia e El Fortín, no sul do departamento San Justo. Os produtores estimam que há 15.000 hectares debaixo d'água.
Marisa Boschetti, dirigente da Federação Agrária, contou ao jornal La Nación que os canais estão transbordados e que a água avança.
"Haviam máquinas da província trabalhando, mas os trabalhos não foram terminados. A água está deteriorando algumas pontes, como a que está sobre o canal El Florentino", destacou.
A bacia mais problemática é a do Carcaraña, a mesma que se estende até o sul da província, onde está o canal San Antonio, que já gera conflito, com produtores pedindo por obras definitivas há muito tempo.
Um grupo de produtores pediu, no ano passado, para o Estado Nacional e para o Estado da Província uma solução urgente para esse canal. As inundações, segundo Boschetti, são piores do que as registradas do ano passado.
Em algumas áreas, como a região de Marcos Juaréz, não foi possível realizar os trabalhos de plantio de segunda etapa e, aqueles que foram realizados na primeira etapa, estão quase perdidos.
O milho de primeira etapa está queimado por conta do sol e debaixo de água. Na zona há também 48 granjas leiteiras, a maioria pequenas, que estão em situação complicada.
Tradução: Izadora Pimenta.
Corte em taxa deve elevar plantio de soja na Argentina (REUTERS)
BUENOS AIRES (Reuters) - A Argentina vai começar um corte gradual na taxa sobre exportação de soja que irá totalizar 12 pontos percentuais até 2020, quando o imposto será de 18 por cento, disse o governo nesta segunda-feira, em um movimento que deverá impulsionar um maior plantio no país sul-americano, uma potência global na produção de grãos.
Em decreto publicado nesta segunda-feira, o governo apresentou um plano para cortar em 0,5 ponto percentual a cada mês os impostos de exportação em 2018 e 2019. Em 2017, a taxa ficará em 30 por cento, após ter sido reduzida ante um patamar original de 35 por cento logo após a posse do presidente Mauricio Macri.
A redução da taxa sobre as exportações em 2018 e 2019 deverá incentivar os produtores a plantar mais soja, talvez em detrimento de outras culturas como o milho e girassóis, disse o analista chefe da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, Esteban Copati.
"Isso também pode dar um respiro para a produção em uma área com crescimento marginal entre o nordeste e o noroeste da Argentina. Uma maior área plantada pode elevar nossa produção nacional e gerar um maior excedente para ser exportado", afirmou Copati.
O plano original de Macri era cortar a taxa de exportação da soja em mais 5 por cento em 2017, com uma redução adicional de 5 por cento ao ano depois disso. Mas a ideia foi deixada de lado após o governo se dar conta da situação financeira do país.
A redução de 0,5 ponto percentual ao mês na taxa de exportação em 2018 e 2019 será válida também para o imposto de 27 por cento cobrado sobre as exportações de óleo de soja e farelo de soja.
A Argentina é a principal exportadora global de óleo e farelo de soja e a terceira maior em soja em grãos, atrás de Brasil e Estados Unidos.
Pouco após o início de seu mandato, em dezembro de 2015, Macri passou a permitir a livre flutuação cambial do peso argentino e eliminou taxas de exportação sobre o milho e o trigo. Mas para alcançar sua meta de um déficit de 4,2 por cento do PIB em 2017, ele reduziu o impacto de algumas de suas reformas para liberalização da economia.
(Por Hugh Bronstein e Maximilian Heath)
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