Em busca de recuperação, milho fecha pregão desta 5ª feira com leve alta, próximo da estabilidade na CBOT
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram o pregão desta quinta-feira (29) com ligeiras altas, próximos da estabilidade. As principais posições da commodity registraram ganhos entre 1,00 e 1,50 pontos. O vencimento março/17 era cotado a US$ 3,49 por bushel, enquanto o maio/17 trabalhava a US$ 3,55 por bushel. O julho/17 finalizou o dia a US$ 3,63 por bushel.
Em mais um dia de volatilidade, as cotações trabalharam dos dois lados da tabela e buscaram de alguma forma recuperar as perdas de mais de 6 pontos acumuladas no dia anterior. Os investidores já haviam alertado que o período de final de ano poderia registrar movimentos mais exagerados nos mercados, em ambas as direções.
No quadro fundamental, o desenvolvimento da safra na América do Sul continua em pauta. "As previsões de clima na América do Sul continuam a mover os mercados de milho e soja. Atualmente, a Argentina deve ter chuvas benéficas esta semana e na próxima semana, mas o efeito das precipitações ainda será observado", reportou o site Farm Futures.
Mercado interno
Nesta quinta-feira (29) não houve referência para os preços do milho praticados no mercado interno. O cenário é decorrente da proximidade das festas de final de ano e a perspectiva é que as negociações ganhem ritmo a partir da segunda semana de janeiro, conforme destacam os analistas.
Segundo dados do Cepea, o balanço de 2016 é positivo aos preços. O valor médio este ano ficou 53,2% acima da média registrada em 2015. O indicador Esalq/BM&F Bovespa, referente à região de Campinas (SP), encerra o ano com valorizações de 4,6% (referência do dia 28 de dezembro), a R$ 38,51 a saca.
"O ano de 2016 teve ajustes importantes no mercado brasileiro de milho. O adiantamento das negociações no final da temporada passada e a forte quebra na produtividade da safra 2015/16, que gerou a menor produção das últimas cinco temporadas, impulsionaram os valores domésticos do cereal na maior parte do ano", reportou o Cepea à agência Reuters.
Já para o início do ano, o sentimento é de manutenção nos atuais patamares praticados. Porém, a perspectiva é que as cotações sejam pressionadas negativamente com a chegada da safra de verão ao mercado e algumas vendas por parte dos produtores rurais para limpar os estoques e armazenar a nova produção de soja. Na primeira safra, a projeção é que sejam colhidas mais de 30 milhões de toneladas do grão.
Por outro lado, os investidores ainda acompanham os dados sobre as exportações brasileiras. No mês anterior, os embarques do cereal totalizaram 961,4 mil toneladas, bem abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 4,75 milhões de toneladas.
Até o momento, no acumulado da temporada, as exportações totalizam 16,39 milhões de toneladas. As informações são da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
Enquanto isso, na bolsa brasileira, o pregão desta quinta-feira foi de leve queda aos preços do cereal. As principais posições da commodity finalizaram o dia com perdas entre 0,14% e 0,94%. O contrato janeiro/17 era cotado a R$ 37,92 a saca e o março/17 a R$ 35,80 a saca. O setembro/17 fechou o dia a R$ 31,70 a saca.
Mais uma vez, as cotações do cereal acompanharam a movimentação do câmbio. A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,2497 na venda, com queda de 0,94%. Segundo a Reuters, "o câmbio recuou impulsionado por algum movimento vendedor após a formação da taxa Ptax de final de mês e em sintonia com o recuo da divisa ante as moedas emergentes no exterior", informou.
Confira como fecharam os preços:
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