À espera de novidades, milho tem nova desvalorização em Chicago e recua pelo 5º pregão seguido
Na Bolsa de Chicago (CBOT), o pregão desta quarta-feira (21) foi negativo aos preços do milho. As principais posições do cereal ampliaram as quedas e finalizaram o dia com perdas de pouco mais de 2 pontos. O março/17 era cotado a US$ 3,47 por bushel, enquanto o maio/17 operava a US$ 3,54 por bushel. Essa é 5ª sessão consecutiva de desvalorização aos preços da commodity.
Diante dos fundamentos já conhecidos, os investidores ainda aguardam novas informações para o mercado. Nesse instante, as atenções ainda seguem voltadas para o encaminhamento da safra na América do Sul, especialmente na Argentina. No entanto, as chuvas previstas aliviaram as preocupações do mercado em algumas áreas que registravam um clima mais seco no país.
Os analistas apontam que, a partir de janeiro, o mercado deverá voltar a especular sobre o planejamento da próxima safra dos Estados Unidos. Principalmente em relação à área destinada ao cultivo do cereal e também da soja no país.
Nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz novo boletim de vendas para exportação, importante indicador de demanda e que pode influenciar o andamento das negociações em Chicago. Na semana anterior, o número ficou em 1.540,100 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 8 de dezembro. Do total, em torno de 1.516,000 milhão de toneladas são da safra 2016/17 e o restante, de 24,1 mil toneladas, da temporada 2017/18.
Produção de etanol nos EUA
Ainda nesta quarta-feira, a AIE (Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos), estimou a produção de etanol no país em 1,036 milhão de barris diários na semana encerrada no dia 16 de dezembro. O número ficou ligeiramente abaixo do registrado na semana anterior, de 1,040 milhão de barris diários. Já os estoques ficaram estáveis em 19,1 barris diários no mesmo período.
Mercado interno
As cotações futuras do milho fecharam a sessão desta quarta-feira (21) do lado negativo da tabela. As principais posições da commodity ampliaram as quedas e encerraram o dia com desvalorizações entre 0,39% e 1,66%. O contrato janeiro/17 trabalhava a R$ 38,95 a saca, já o março/17 finalizou o pregão a R$ 36,58 a saca. O setembro/17 operava a R$ 32,97 a saca.
Novamente, as cotações do cereal foram influenciadas pela queda registrada nos preços no mercado internacional e também no dólar. O câmbio fechou a sessão desta quarta-feira com perda de 0,35%, cotado a R$ 3,3320 na venda. O mercado ainda registra um fluxo de venda diante da proximidade das festividades de fim de ano. Segundo a Reuters, a moeda já tem perda acumulada de 1,73% nos últimos três pregões.
Já no mercado interno, as cotações tiveram mais um dia de estabilidade nas principais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas. Em Campo Novo do Parecis (MT), a saca subiu 4,35%, e fechou o dia a R$ 24,00. Em Campinas (SP), a alta foi de 2,59%, com a saca a R$ 39,60. Na localidade de Tangará da Serra (MT), o ganho foi de 2,13%, com a saca a R$ 24,00.
Na região de Ponta Grossa (PR), o preço subiu 2,94%, com a saca a R$ 35,00. Apenas em São Gabriel do Oeste (MS), o valor recuou em torno de 1,82%, com a saca a R$ 27,00. No Porto de Paranaguá, a saca de milho permaneceu estável em R$ 36,00.
Ainda de acordo com os analistas, o mercado voltou a demonstrar firmeza em dezembro em meio à maior presença dos compradores no mercado. Porém, a safra de verão caminha bem até o momento e pode pressionar negativamente os preços quando chegar ao mercado. Os especialistas ainda alertam que, é preciso acompanhar os dados sobre as importações e também das exportações do país.
Veja como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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