Milho tem nova queda semanal no mercado doméstico diante da perspectiva de melhora na oferta
As cotações do milho praticadas no mercado interno registraram ligeiras quedas ao longo da semana. Ainda conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Rio Verde (GO), a saca do cereal caiu 2,86%, com a saca do cereal a R$ 34,00. Já em Panambi (RS), o recuo ficou em 2,76% e a saca encerrou a semana a R$ 36,00.
Em Mato Grosso do Sul, a praça de São Gabriel do Oeste, registrou queda de 1,75%, com a saca a R$ 28,00. Na região de Jataí (GO), a perda foi de 1,67%, com a saca de milho a R$ 29,50. Em Assis (SP), a desvalorização ficou em 1,59% e a saca a R$ 30,28. Em Campinas (SP), a perda foi de 1,30%, com a saca a R$ 38,10.
Na contramão desse cenário, o preço subiu 1,41% na região de Ponta Grossa (PR), com a saca a R$ 36,00. No Porto de Paranaguá, a semana foi de estabilidade, com a saca de milho a R$ 34,00. Nas demais praças, as cotações também se mantiveram inalteradas.
Em meio à perspectiva de confortável na oferta, os preços do cereal no mercado doméstico permanecem pressionados negativamente. "O mercado caminha para um cenário confortável de oferta e demanda. Temos uma redução nas exportações e as importações foram maiores ao longo desse ano. Além disso, temos a chegada da safra de verão no mercado e, as primeiras perspectivas para a safrinha de 2017 desenham um quadro favorável", explicou a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi.
No Paraná, há relatos de cooperativas que teriam recebido, nesta semana, cerca de seis navios de milho dos Estados Unidos. Já os embarque de milho somaram 961,4 mil toneladas no mês de novembro, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). O número representa uma queda de 80% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as exportações do cereal totalizaram 4,75 milhões de toneladas.
Além disso, o bom andamento da safra de verão também contribui para pressionar as cotações do cereal. Segundo levantamento realizado pela INTL FCStone e reportado nesta sexta-feira, o país deverá colher cerca de 29,4 milhões de toneladas de milho na 1ª safra. Em torno de 5,8 milhões de hectares foram cultivados com o grão na safra de verão.
Para a safrinha, a projeção é que a safra fique próxima de 61,6 milhões de toneladas no ciclo 2016/17. “O plantio da soja foi bastante adiantado em algumas regiões, com destaque para o Mato Grosso, o que amplia consideravelmente a área potencial para a semeadura da segunda safra dentro da janela ideal”, avalia Ana Luiza.
No total, o país deverá colher 91,05 milhões de toneladas de milho. “A abundância de produto após a segunda safra tende a reduzir os preços domésticos para a paridade exportação. Atualmente, isso significaria uma redução de até 30% nas ideias de preços no interior – o que tende a estimular o consumo doméstico”, alerta a analista de mercado.
Paralelamente, outro fator que também tem sido observado no mercado doméstico é a limpeza nos armazéns, uma vez que os produtores já preparam para receber a safra de verão. De acordo com o boletim da Brandalizze Consulting, o milho está saindo de várias regiões de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e sendo canalizado para o Sul do país.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou a sexta-feira a R$ 3,4726 na venda, com alta de 0,12%. O patamar é maior desde 14 de junho, quando o dólar encerrou o dia a R$ 3,4800, conforme dados da agência Reuters. O Banco Central voltou a intervir no mercado depois das altas recentes, porém, os participantes do mercado ainda seguem atentos ao cenário político no Brasil.
Bolsa de Chicago
No mercado internacional, as cotações futuras do milho registraram uma semana negativa. As principais posições caíram 3%, segundo levantamento elaborado pela equipe do Notícias Agrícolas. O vencimento dezembro/16 que era cotado a US$ 3,49 por bushel no final da última semana recuou para US$ 3,37 por bushel nesta sexta-feira (2). Já o março/17 encerrou a semana a US$ 3,47 por bushel.
Diante dos fundamentos já conhecidos pelos participantes do mercado, os preços do cereal acompanharam o comportamento de outras commodities, especialmente o petróleo. As notícias de demanda têm aparecido, mas há uma grande safra americana, de mais de 386 milhões de toneladas nesta temporada.
"No curto prazo, o mercado segue sem grandes novidades e também acaba sendo influenciado pelo comportamento de outras commodities, como a soja, o trigo e o petróleo. Acreditamos que a partir de janeiro teremos mais especulação no mercado sobre a próxima safra americana", diz Ana Luiza, da INTL FCStone. Os participantes do mercado ainda deverão acompanhar o desenvolvimento da safra no Brasil e na Argentina.
Confira como fecharam os preços nesta sexta-feira:
1 comentário
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jose renato da silva Uberlândia - MG
Não há nenhum navio de milho importado dos EUA. Não houve nenhum pedido para importar milho americano. O governo liberou a impirtaçao de 1 milhao de toneladas dos EUA. Mas nenhuma tonelada importada. Noticia furada
6 navios de milho?... no SECEX não tem nem um relatório sobre isso... deve ter retratação da redação sobre estas notícias infundadas... o noticias agrícolas está perdendo credibilidade entre os produtores.
Chega de divulgar notícias baseadas em relatos...
Caro Joao Batista..voce é um profissional correto...sua equipe tem feito agua a muito tempo...desde falta de vagoes nos USA influenciar no preço da soja...