Trump escolhe aliados leais para cargos econômicos
Por Steve Holland
NOVA YORK (Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, escolheu na terça-feira um ex-banqueiro do Goldman Sachs e um investidor bilionário para conduzir a política econômica de seu governo, e colocou um crítico feroz do Obamacare para desmontar o sistema de saúde concebido pelo atual presidente Barack Obama.
A expectativa é que o republicano Trump nomeie Steven Mnuchin, ex-sócio do Goldman Sachs e financiador de Hollywood, como secretário do Tesouro, disse uma fonte, colocando um veterano de Wall Street no principal posto econômico de seu gabinete.
Mnuchin, que passou 17 anos no Goldman Sachs e saiu em 2002 para montar um hedge fund, foi responsável pelas finanças de campanha de Trump.
O investidor bilionário Wilbur Ross, conhecido por seus investimentos em indústrias em dificuldades, deve ser nomeado secretário do Comércio, segundo uma fonte.
Os anúncios podem ser feitos ainda nesta quarta-feira.
A leva de nomeações mostrou que Trump, um magnata do setor imobiliário sem experiência de governo, está recompensando pessoas fiéis e veteranos estabelecidos de Washington na composição de seu círculo de assessores principais.
O deputado republicano Tom Price, um cirurgião ortopedista da Geórgia, será o secretário de Saúde e Serviços Humanos do novo presidente. Seema Verma, fundadora de uma consultoria de políticas de saúde, irá comandar os Centros de Serviços Medicare e Medicaid, que é parte da secretaria de Saúde e Serviços Humanos e supervisiona os programas de saúde do governo para os pobres e idosos e os padrões dos seguros de saúde.
Trump ainda anunciou ter selecionado Elaine Chao, secretária do Trabalho do ex-presidente George W. Bush, como secretária dos Transportes, dizendo em um comunicado que sua habilidade será um recurso "em nossa missão de reconstruir nossa infraestrutura".
Enquanto tomava decisões sobre sua equipe econômica, Trump continuou a ponderar quem deveria servir como seu secretário de Estado. Ele jantou com Mitt Romney, candidato presidencial republicano em 2012, em um restaurante francês de Nova York na noite de terça-feira.
Romney o criticou duramente durante a campanha presidencial, mas elogiou Trump após o jantar.
"Ele continua com uma mensagem de inclusão, de unir as pessoas", contou o ex-governador aos repórteres. Ele disse que as escolhas feitas por Trump até agora para seu gabinete e seu discurso na noite da eleição são encorajadores.
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