Preço do suíno reage em SP e negócios rompem a barreira dos R$80/@. Mas mudança de cenário não recupera perdas do ano

Publicado em 25/11/2016 14:04
Confira a entrevista de Valdomiro Ferreira - Presidente APCS
Próximas três semanas tendem a ser de recuperação nas cotações dos suínos com altas que podem chegar a 10%

Uma reação nos preços nos últimos dias chama a atenção dos produtores de suínos. Após dez semanas consecutivas de estabilidade, esta semana já começa a observar novos patamares, com negócios confirmados em R$80/@ no interior de São Paulo, sinalizando um reajuste de 4% em relação aos patamares anteriores, que giravam em torno de R$77 a R$78.

De acordo com Valdomiro Ferreira, presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), os suinocultores não tinham perspectiva de melhora de preços, então ofertaram mais animais por cabeça. A demanda melhora em função do fim de ano e a oferta está mais reduzida, logo, "hoje já falta suíno pro mercado paulista", diz.

"Quem não tem escala e não tem programação vai ter dificuldade de ter animal para abater. Isso faz com que os preços encontrem outros patamares", explica o presidente.

A expectativa, a curto prazo, é de novos reajustes. Os 4% de aumento já estão configurados e a expectativa, nas próximas 72 horas, é de que haja um novo reajuste, de 6%. Portanto, o mercado deverá chegar próximo a R$83/@ a R$85/@.

Os atuais patamares melhoraram também a relação com o custo de produção. Uma queda do milho nos últimos dias, que está cerca de R$35 a R$36 para os produtores paulistas - contra R$40 a R$42 que já foram pagos - traz um alívio para os preços.

O presidente, no entanto, faz uma observação pontual de que "mesmo melhorando os preços dos suínos, não podemos esquecer que 2016 foi um ano perdido para a suinocultura em termos de rentabilidade. As perdas acumuladas durante o ano não serão aliviadas por 3 ou 4 semanas. Vamos terminar o ano no negativo", aponta.

O conselho que Valdomiro traz para os produtores no momento é para vender, aproveitar o momento de capitalização e chegar no último dia de dezembro com a granja vazia, para, assim, entrar em janeiro com um mercado reduzido de carne e buscar uma manutenção nos preços.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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