Semana começa com pressão de frigoríficos sobre os preços da arroba do boi . Demanda interna segue fraca e exportações limitadas
A pressão de baixa sobre a arroba aumentou neste início de semana. Com vendas no atacado enfraquecidas e um varejo que não conseguindo absorver valorizações, os frigoríficos voltaram a testar negociações abaixo da referência.
Mesmo com a oferta limitada de animais terminados, o lento escoamento da carne no mercado não dá incentivos para que os frigoríficos ofertem preços melhores. De acordo com o analista da FCSTone, ainda "não sabemos se esse movimento será efetivo ou não, mas o fato é que a semana não começou com uma cara tão boa aos pecuaristas".
As projeções de que o acréscimo de renda no final do ano, em função dos pagamentos de décimo terceiros e contratações temporárias, pudesse melhorar o nível de consumo no mercado interno, não vem se confirmando. Conforme explica Godoy "qualquer renda extra é destinada ao pagamento de dívidas e não revertida diretamente no consumo", diz.
Neste momento, nem as exportações estão colaborando para vazão da produção. Dados do Ministério Indústria e Comércio Exterior apontam embarques de carne bovina in natura caíram 23,2% em outubro e 10,3% abaixo das 93 mil toneladas embarcadas de setembro último.
Godoy explica que o primeiro fator de queda foi o recuo do dólar. Além disso, ressalta que "os embarques para a Europa tradicionalmente caem nesse período".
O levantamento realizado pela Consultoria apontou, ainda, que desde 2000 o mês de janeiro se mostra - em termos de volume - o pior período de exportações de carne bovina. Assim, pela média histórica, o setor não deve apostar em grandes evoluções nas exportações nos próximos meses.
"Enquanto a renda não melhorar e o endividamento não reduzir, o consumo de carne continuará prejudicado", finaliza o analista.
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