Yellen diz que Fed pode elevar juros "relativamente em breve"
WASHINGTON (Reuters) - A eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos não alterou em nada os planos do Federal Reserve, banco central norte-americano, de aumentar a taxa de juros "relativamente em breve", disse a chair do Fed, Janet Yellen, nesta quinta-feira, em depoimento no Congresso que incluiu a promessa de cumprir o seu mandato.
Yellen disse que o Fed mudaria sua perspectiva se necessário, conforme a nova administração lançasse planos para, talvez, cortar impostos em centenas de bilhões de dólares e fazer gastos governamentais adicionais. Ela também sugeriu que o novo governo tenha em mente que os EUA estão perto do pleno emprego e a inflação pode estar aumentando.
"Os mercados estão antecipando... um pacote fiscal que envolve uma postura expansionista líquida de política e num contexto de economia que está operando razoavelmente perto de pleno emprego e com inflação voltando para 2 por cento", disse Yellen, sugerindo que novos programas devem ser focados em "políticas que melhorariam... o crescimento de longo prazo e produtividade".
Tem havido alguma incerteza sobre como Yellen deve interagir com o novo presidente dos Estados Unidos que, durante a campanha, falou favoravelmente das políticas de baixa taxa de juros do Fed e ainda acusou o banco central norte-americano de agir politicamente para ajudar a candidata democrata Hillary Clinton.
Segundo Yellen, os dados econômicos que estão chegando justificam aumento da taxa "relativamente em breve" e, sem mudanças dramáticas, haveria ritmo gradual de alta depois disso.
"A evidência que vimos desde que nos reunimos em novembro é consistente com nossa expectativa de fortalecimento do crescimento, melhora do mercado de trabalho e subida da inflação", disse Yellen.
No entanto, a chair do Fed também reconheceu a incerteza que pode surgir no futuro conforme o presidente eleito dos EUA coloque em ação seu programa.
"Quando houver maior clareza sobre as políticas econômicas que podem ser postas em prática, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) terá de levar em conta essas avaliações de seu impacto no emprego e na inflação e talvez ajustar nossa perspectiva", disse Yellen.
(Reportagem de Lucia Mutikani)
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